quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Chamado do Deus



"Ouça as palavras do Velho Cornífero que é sempre jovem....

Eu sou aquele que abre as portas da vida e da morte, os portais da aurora e os portais da noite.

Eu sou Kernunnos e Silvanus e Pan, e a música da minha flauta está no ar nas verdes florestas e nas colinas de verão.

Minha voz está no vento da meia-noite e abaixo das estrelas ela pronuncia as palavras de magia em línguas ancestrais, esquecidas ou desconhecidas.

Eu inspiro o pânico, o medo e o desejo passional.

E apesar de eu mostrar a face de um crânio, não haveria a manifestação da vida sem mim, pois sem morte não pode haver renascimento.

A vida deve sempre subir em espirais, não pode parar.

Nós não podemos conhecer a luz sem as sombras, nem as sombras sem a vida.

Portanto, não me tema, sob nenhum aspecto que você me veja: a força e poder da masculinidade ou aquele que traz paz na morte.

Eu sou Lúcifer, o que traz a luz, e Amoun, o Escondido, que usava os chifres espirais do carneiro na antiga Khem.

Eu sou o Deus de pés de bode dos bosques iluminados pelo som da Tessália, a presença que era sentida na escuridão das cavernas sagradas e na pedra fixa sobre a urze.

Eu sou o poder arrebatador da Vida e aquele que traz a luz: mas sem Amor eu não posso criar nada que perdure.

Então eu preciso da Deusa, assim como ela precisa de mim, e no Grande Casamento Sagrado, o Êxtase Cósmico, nós somos um.

Então, cultue a minha selvageria, conheça-me e regozije-se comigo, irmãos e irmãs da Arte Mágica, bruxas e bruxos, pagãos e bárbaros.

Pois eu trago o poder e a liberação, liberdade de espírito que é verdadeira e eterna, que ninguém pode negar a você eternamente."