terça-feira, 25 de maio de 2010

MAIO A Lua de Contar Histórias


O conhecimento das bruxas é transmitido oralmente. Uma bruxa passa para a outra aquilo que ela sabe, sem necessidade de "aulas" ou qualquer sistema formal de ensino. A arte de contar histórias é um dom que deve ser exercitado durante a Lua de maio.Nessa época, escolha uma pessoa de quem você gosta para ensinar a ela tudo o que você sabe. Mesmo que ainda esteja dando seus primeiros passos na feitiçaria, você perceberá que tem muito conhecimento valioso. Não se trata de ensinar simpatias ou encantamentos. Vale passar as receitas dos pratos que você sabe preparar melhor, ensinar a fazer um bordado, dar uma explicação sobre matemática. Mas o mais importante, nessa Lua, é passar adiante as histórias de família. Sabe aquelas coisas que ouvimos sobre nossos ancestrais, os casos de avós e tios? Tudo isso tem um poder muito grande. Conte essas histórias para as crianças da sua família, para que elas também conheçam o passado que pertence a todos. Ler as histórias de bruxas antigas e contá-las aos outros é uma boa opção, pois a tradição diz que, enquanto as bruxas forem lembradas, elas serão imortais. Durante esse mês, peça para a Mãe Lua brindar você com o dom da palavra e da sabedoria. E não esqueça de ouvir as valiosas lições que as pessoas mais velhas têm para ensinar.

Feitiços Contra o Mal

Vinho das Bruxas

Para realizar este feitiço, vc irá precisar de:
30g. de folhas frescas de Alecrim
99 alfinetes
1 garrafa de vinho tinto
1 vela preta

Cloque dentro da garrafa o alecrim e os alfinetes. Pegue então o vinho, previamente retirado da garrafa, e jogue-o outra vez dentro dela, reitindo o seguinte encantamento:
Alfinetes, alecrim e vinho,
Nesta garrafa do poder,
Transforma esta casa em ninho,
Para todo mal nós vencermos.
Após ter colocado todo vinho, coloque a rolha. Acenda a vela petra e despeje sobre a rolha os pingo da vela, formando, assim, um lacre na garrafa. Coloque-a na entrada da casa para protege-la de toda a negatividade.


ESSE VINHO DE FORMA NENHUMA DEVERÁ SER TOMADO!

Água de Guerra

A Água de Guerra é utilizada parobter proteção ou para lançar ataques mágicos. Utilizada para defeza, a Água de Guerra é um poderoso portador de energia:
Vc irá precisar de:
350g. pregos de ferro
2 litros de água de fonte ou mineral

Coloque os pregos e a água numa garrafa, deixando repousar por oito a dez dias. Guarde, então, essa garrafa num lugar bem fresco, podendo até ser na sua geladeira, abrindo-a de vez em quando para permitir o processo da oxidanação. Quando a água tiver adquirido um tom claro, produto da oxidação, estar então pronta para uso.
Utilizada como banho protetor, basta acrescentar meia xícara em dois litros de água(uma pequana obs: eu jamais usei como banho, não sei se da alergia, então muito cuidado!
Usada na soleira da porta é um magnífico protetor, fazendo retornar qualquer feitiço enviado.

Protetor Noturno

Muitos malefícos são lançdos durante a noite, quando nos encontramos dormindo e, portanto, mais vulnerávei ficamos. Para impedir que tal aconteça, é aconselhável ter esse feitiço sempre do lado da cama, pois, se algum feitiço for lançado, será atraido para esse poderoso neutralizador.
Vc precisará de:
1 copo de água de fonte ou mineral
azeite de oliva virgem
sal grosso

Coloque dentro do copo três pequenos grãos de sale três gotas de azeite. Troque o feitiço cada 20 dias.

Ritual das Fadas de Inverno

Durante os meses de inverno,os Espiritos da Natureza normalmente repousam enquanto suas plantas e árvores reposam também.Entretanto se convidar os que vivem em sua área para sua casa,eles pode passar os meses de inverno com você,checando suas energias se necessário.Eles são amigos maravilhosos tanto para humanos quanto para animais. Gostam em particular de ciranças pequenas.



Você prescisará de:

Gengibre em pó
Uma pequena colher
Velas para os quadrantes
Cristais ou Pedras.


Neste ritual você nã prescisará abrir o círculo.Simplesmente coloque as velas nas direções dos quadrantes e ao lado de cada vela coloque um cristal ou uma pedra.Em pé no centro da sala,envie seus pensamentos para dar as boas vindas aos Pequenos.Entoe:

Ó espiritos das plantas e da Terra e das árvores,
Ó Pequenos de todas as formas,
Eu peço para que se apresentem a mim.
De mim não partirá nenhuma agressão.
Juntem-se a mim em amizade e amor.
Trazendo prazer na antiga magia,
pois para sempre com os Antigos Deuses
Podemos recriar todas as coisas em ouro.
Espíritos Guardiães,nossas vidas se unem.
Tudo nós compartilhamos.

Volte-se para o leste.Polvilhe um pouco de gengibre na vela e diga:

Todos vocês,espíritos e fadas,
Ouçam meu chamado.
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!!!

Volte-se para o sul polvilhe o gengibre e diga:

Todos vocês raios de Sol,
Ouçam meu chamado
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!!!

Volte-se para o oeste,polvilhe o gengibre e diga:

Todos vocês,duendes das águas
Ouçam meu chamado
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!!!

Volte-se para o norte,plovilhe o gengibre e diga:

Todos vocês dos raios de Luar,
Ouçam meu chamado.
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!!!

Sente-se em silêncio por algum tempo,mentalizando os Pequenos.Esteja atento aos toques deles em seu corpo,como se fossem penas roçando.Ouça suas vozes musicais em sua mente.Fale com eles se desejar.Ao encerrar sua comunicação,fique em pé no centro da sala.Erga seus braços para o alto,dizendo:

Minha gratidão e bençãos,
Àqueles do Ar,da Terra,do Céu e do Mar!

SENHORA DO INVERNO



A Deusa Cailleach – Rainha da Tempestade

Cailleach fala:



Meus ossos são frios, meu sangue é ralo.
Eu busco o que é meu. O busco o que ainda não foi semeado. Eu busco os animais para cavernas quentes e mando meus pássaros para o sul. Eu ponho meus ursos para dormir e mudo o pelo de meus gatos e cães para algo mais quente. Meus lobos me guiam, seu uivo anuncia minha chegada. Os cães, lobos e raposas cantam a canção da noite, a serenata da Anciã, a minha canção.
Eu disse sim à vida e agora digo sim à Morte. E serei a primeira a ir para o outro lado.
Eu trago o frio e a morte, sim, pois este é meu legado. Eu trouxe a colheita e se você não colheu suas maçãs eu as cobrirei de gelo. Após o Samhain, tudo o que fica nos campos me pertence.

Cailleach é a própria terra. Ela é as rochas cobertas de musgo e o pico das montanhas. Ela é a terra coberta de gelo e neve. Ela é a mais antiga ancestral, velada pela passagem do tempo. Ela é a Deusa da Morte, que deixa morrer tudo o que não é mais necessário. Mas é tambem ela quem encontra as sementes da próxima estação. Ela é a guardiã da semente, a protetora da força vital essencial ao ressurgimento da vida após o inverno. Ela guarda a própria essência do poder da vida. Ela é o poder essencial da Terra. Nos mitos Celtas Ela representa a Soberania sobre a terra e um rei só podia reinar após realizar o casamento sagrado com Ela, que representa o Espírito da terra.

Cailleach é uma das maiores e mais antigas Deusas da humanidade. Ela é um aspecto da Deusa como a Anciã, principalmente na Escócia. Um derivativo de seu nome, Caledonia, foi dado àquele país. Seu nome, assim como seu título de Mãe Negra, é muito próximo ao nome Kalika, um dos títulos de Kali. Alguns estudiosos acreditam que ambas sejam derivadas de uma Deusa ainda mais antiga, talvez uma das primeiras expressões da face negra da Deusa já cultuadas pela humanidade. Ela foi e é conhecida por inúmeros nomes: Cailleach Bheur or Carlin, na Escócia; Cally Berry ou Cailleach Beara, na Irlanda; Cailleah ny Groamch, na ilha de Man; Black Annis, na Bretanha e Digne, no país de Gales, todas equivalentes a Kali.

Cailleach também é considerada uma outra forma das Deusas Scathach e Skadi. Na Irlanda ela era conhecida como uma divindade que podia trazer e curar doenças, principalmente de crianças. O nome Caillech significa mulher velha, bruxa ou mulher velada. Sua imagem velada a relaciona com os mistérios de se conhecer o futuro, particularmente a hora da morte de cada um. Nas lendas Medievais ela era a Rainha Negra do Paraíso, aquela a quem os espanhóis chamavam de Califia; a palavra Califórnia vem deste nome.

Cailleach rege o céu, a terra, o Sol e a Lua, o tempo e as estações. Ela criava as montanhas com as pedras que carregava em seu avental, mas também trazia aos homens as doenças, a velhice a morte. Ela era também um espírito protetor dos rios e lagos, garantindo que eles não secariam. Ela controla os meses de inverno, trazendo o frio, as chuvas e a neve. Mas um de seus principais títulos é Rainha da Tempestade, pois com seu cajado ela trazia e controlava as tempestades, particularmente as nevascas e furacões.

Cailleach é a guardiã do portal que leva à parte escura do ano, iniciada no Samhain e é invocada nos rituais de morte e transformação. Nos mitos da troca de poder entre as faces da Deusa ela recebe o bastão branco dos meses de luz e o torna negro para os meses de trevas, devolvendo-o à Donzela no Imbolc. Em alguns mitos diz-se que Ela retorna à terra no Imbolc, tornando-se pedra para acordar somente no próximo Samhain.

Como Seu nome não aparece nos mitos escritos da Irlanda, mas apenas em histórias antigas e nomes de lugar, presume-se que Ela era uma divindade pré-celta, trazida pelos povos colonizadores das ilhas Britânicas, vindos do leste Europeu, possivelmente da Índia. Ela era tão poderosa e amada que mesmo quando os recém chegados trouxeram suas divindades, como Brigit, Cailleach ainda continuou sendo lembrada.

Apesar de ser considerada uma Deusa Anciã, Ela é quase sempre representada com um rosto jovem, mostra de seu poder de se rejuvenescer constantemente. Ela possui um aspecto Donzela parecido com Diana, sendo a protetora dos animais selvagens contra caçadores. Ele protege principalmente o cervo e o lobo, assegurando bandos saudáveis. Há um mito antigo que conta que os caçadores oravam a Cailleach para saber onde encontrar os cervos e quantos matar. Ela os guiava para a aqueles que podiam ser mortos, desobedecê-la trazia sua fúria, em forma de ataques de alcatéias para a vila dos desobedientes.

Ela também possui um aspecto Mãe, sendo aquela a quem as mães pediam que curasse seus filhos das doenças do inverno. O Gato é um de seus animais sagrados. Em algumas lendas ela toma a forma de gato para testar o caráter das pessoas. Em sua forma humana, ela costumava ir de casa em casa no inverno pedindo abrigo e comida. Os que a acolhiam contavam com sua eterna bênção e proteção e os outros eram amaldiçoados e não atravessam o inverno incólumes. São também sagrados para ela o corvo e a gralha.

Seu rosto é azul e seus cabelos sempre são representados soltos e brancos, escapando de seu manto e capuz. Ela carrega um caldeirão em uma das mãos e um cajado na outra. Seu cajado ou bastão lhe conferia o poder sobre o tempo, fazendo dela uma das Deusas mais importantes para a manutenção da vida no planeta. Ela é também uma Deusa associada à crua honestidade e à verdade, doa a quem doer.

Ela também aparece como uma mulher velha que pede ao herói que durma com ela, se o herói concorda em dormir com ela, ela se transforma em uma linda donzela.

O Livro de Lecam (cerca de 1400 E.C.) alega que Cailleach Beara era a Deusa da qual se originaram os povos da região de Kerry. Na Escócia ela representa a personificação do inverno, nasce velha no Samhain e fica cada vez mais jovem até tornar-se uma linda Donzela no Beltane.

O contato com esta Deusa nos ajuda a redescobrir a soberania sobre nossa própria vida, um tipo especial de poder e confiança. Cailleach, violenta como pode parecer, vive em todos nós. Ela nos traz a sabedoria para deixar ir aquilo de que não mais precisamos e manter as sementes do que está para vir. Ela vive no limite entre a Vida e a Morte.


Naelyan Wyvern
Sacerdotisa do Coven Labirinto do Dragão

A Floresta



Para meditar, fazer feitiços, invocações...
Escolha um lugar calmo com muita paz, a floresta é um lugar encantado onde vc podera vivenciar mais a nossa Arte.

*Invocação do Espírito da Floresta

Monte o altar com:
o athame(representando o metal)
o incenso(representando o ar)
a vela(representando o fogo)
um pequeno tronco
um pote de vidro d'água
e faça um pentagono(como proteção)
Medite um pouco, ao sentir que a paz penetrou em sigo mesma..

Recite:


"Oh, vento que sopra nos campos,
leve-me para onde aja paz,
leve-me para onde a Deusa me acolherá,
quero lembrar do cheiro de seus cabelos longos e macios,
leve-me junto as sementes,
onde soua essa musica...
Oh, Espírito leve-me para conhecer meus ancestrais..."

Esta invocação é muito boa para achar a paz, ela so vai te trazer isso, e se o Vento lhe trazer folhas aceite-as com gratidão pois ele estará te abençoando...



*Deusa da Floresta


A Deusa da Floresta é um aspecto de muitas deusas. Ela é o espírito protetor que cuida dos bosques e de suas criaturas. É comumente vista na companhia do Deus Cornudo, pã, Fauno, Puck e Cernunnos. Ao honrá-la, demosntramos nosso respeito e apreço por seu trabalho.
O modo mais óbvio de honrar a Deusa da Floresta é tratar respeitosamente seus domínios. Não atire lixo. Tome cuidado com o fogo. Não maltrate estupidamnete suas criaturas ou os bosuqes. Se precisar derrubar um árvore ou uma planta, deixe uma oferenda de mel e leite e peça permissão antes! Eu não aprovo a caça de animais, a não ser quando extremamente necessário. Se você caçar, não esqueça de agradecer à deusa e ao espírito do animal morto. Os nativos americanos possuem a concepção correta sobre isso. E se caçar, não desperdice o que tomou.
Se deseja vagar pelos bosques e sentir-se bem recebido pela Deusa da Floresta, leve um pequeno pacote de fertilizante consigo. Quando encontrar um local que desperte sua atenção para contemplação, sente-se ao pé de uma árvore.Ouça com atenção os sons da natureza. Sinta a força da árvore na qual se encostar e deixe que parte de sua energia flua para dentro de você. Sinta o poder da terra fluindo através de seu corpo. Retribua enviando seu amor para todo o bosque. Não recomendo meditação ao ar livre, a não ser que esteja certo de que não há perigo.
Quando erguer para partir, espalhe o fertilizante ao redor da árvore onde sentou. Essa oferenda será bem recebida.Você pode até receber o inesperado presente de uma folha ou castanha caindo aos seus pés. Agradeça à árvore e à Deusa da floresta por permitir que se renovasse nos bosques.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Deusas





O que é Deusa?


Como "Deusa" é caracterizado um tipo complexo de personalidade feminina que reconhecemos intuitivamente em nós, nas mulheres a nossa volta e também nas imagens e ícones que estão em toda a nossa cultura. Segundo a teoria junquiana, as deusas são arquétipos, fontes derradeiras de padrões emocionais que fluem de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos, caracterizados e tipificados como puramente "femininos". Tudo que realizamos e gostamos, toda a paixão, desejo e sexualidade, tudo que nos impele à coesão social e à proximidade humana, assim como todos os impulsos, tipo absorver, reproduzir e destruir, são associados ao arquétipo universal feminino. Tais conceitos nos foram deixados como herança pelos gregos e todas as culturas antigas, que percebiam estas energias não como abstrações destituídas de alma, mas sim como forças espiritualmente vitais. Quando tais forças se manifestavam num certo comportamento ou experiência, o denominavam de "compulsão de deuses e deusas".
Quando o amor e a paixão aflorava auxiliado pela convulsão hormonal, os antigos se reportavam a história da bela Afrodite que transtornava o estado de espírito, o sono, os sonhos e a sanidade mental do apaixonado.
Na Grécia, as mulheres percebiam que uma vocação ou profissão as colocava sob o domínio de uma determinada deusa a elas veneravam. No íntimo das mulheres contemporâneas as deusas existem como arquétipos e podem cobrar seus direitos e reivindicar domínio sobre suas súditas. Mesmo sem saber a qual deusa está submissa, a mulher ainda assim deve dar sua submissão a um arquétipo determinado por uma época de sua vida ou por toda a existência. Jung chama o arquétipo das deusas de "Transformadoras", porque tendem a surgir em momentos de mudança em nossa vida, como na adolescência, casamento, morte de um ente querido, modificando totalmente nossos sentimentos, percepções e comportamentos. Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, adquire total poder sobre este conhecimento. As deusas embora invisíveis, são poderosas e modelam e influenciam o comportamento e emoções. Quanto mais uma mulher souber sobre suas deusas dominantes, mais centrada ela se tornará, tendo o perfeito domínio sobre seus instintos, habilidades e possibilidades de encontrar um significado especial através das escolhas que fará.
Os padrões de deusa também afetam o relacionamento com os homens. Diga-me qual homem que escolhestes que te direi as deusas que moram dentro de ti. Realmente esta escolha ajuda e elucidar afinidades e dificuldades pelas quais passa a mulher que o escolheu.
Temos que ter em mente que, toda mulher tem dons concedidos pelas deusas, mas ela deve aprender a descobri-los e aceitá-los com gratidão. Mas toda mulher também tem deficiências concedidas pelas deusas que deve reconhecer e superar para que possa trilhar o caminho do auto-conhecimento e realização.
Os homens também são influenciados pelas várias deusas, pois estas certamente espelham as energias femininas na psique masculina, embora, via de regra, os homens vivenciam-nas como exteriores a si próprios, ou seja, através das mulheres pelas quais são atraídos ou pelas quais se sentem fortemente provocados. Descomplicando, os homens vivenciam as deusas projetando-as nas mulheres de sua vida e nas imagens específicas da mídia que lhes causem deleite ou aversão. Uma melhor compreensão sobre as deusas, fará com que este mesmo homem compreenda o porque de sua atração por certas mulheres e o fracasso com outras, permitindo então, que ele comece a fazer as escolhas certas.
Muito embora as culturas guerreiras tenham dominado vasto período do história, o culto à Deusa Mãe sobreviveu e floresceu até a época dos romanos. Esta Grande Deusa era venerada como progenitora e destruidora da vida, responsável pela fertilidade e destrutibilidade da natureza. E, ainda hoje, Ela é percebida como um arquétipo no inconsciente coletivo.
As deusas diferem uma da outra. Cada uma delas têm traços positivos e outros negativos. Seus mitos mostram o que é importante para elas e expressam por metáfora o que uma mulher que se assemelha a elas deve fazer. Todas estão presentes no interior de cada mulher. Quando diversas deusas disputam o domínio sobre a psique de uma mulher, esta precisa decidir que aspecto de si própria expressar e quando expressá-lo.
Infelizmente o triunfo dos tempos modernos tornou-se o triunfo do cristianismo e de um Deus Pai Único e Supremo. Os cultos à Grande Deusa Mãe foi se tornando disperso, suprimido e distorcido. A maioria das civilizações atuais, tornaram-se filhas de uma família divorciada. Agora vivem apenas o Pai e estão proibidas de mencionar o nome da Mãe ou de qualquer lembrança sutil daquelas épocas alegres e amorosas em que se vivia em seus braços e na segurança de seu caloroso colo. Tendo apenas o Pai para nos orientar, nós, a despeito de seu amor, tornamo-nos endurecidos, implacavelmente heróicos e severamente puritanos ao tentar esquecer a segurança perdida e a confiança sensual na terra que outrora a Mãe nos proporcionava.
Nos quatros cantos do mundo, porém mais proeminente nos países ocidentais, estamos testemunhando um discreto redespertar do feminino, uma sublevação profunda no âmago da consciência das mulheres. Muitos homens temem e contestam este processo, outros entretanto sentem-se desafiados e estimulados. Observadores mais radicais denominaram este movimento como o "Retorno da Deusa", porque ele parece sugerir a própria antítese da sociedade patriarcal.
É urgente que compreendamos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando do inconsciente coletivo da nossa cultura. Os sonhos e as experiências interiores de homens e mulheres, temas tratados por romancistas e pela mídia do mundo inteiro, ressaltam imagens ao mesmo tempo antigas (mitológicas), mas radicalmente novas do feminino que vão chegando à consciência. Estas formas estão fermentando dentro de nós, sendo capazes de transformar os modos mais fundamentais de pensarmos sobre nós mesmos. Essas poderosas forças interiores e as imagens e mudanças que provocam são denominadas "DEUSAS".

por Gaia Lil

Quando Deus era Mulher...



A História do mundo ocultou milhares de anos, de domínio social e religioso da Deusa. Uma sociedade em que as mulheres tinham uma importância vital no campo intelectual e económico. Em que as mulheres eram juízes e magistrados.
Em que as sacerdotisas dos templos davam aos chefes indicações de ordem política e militar, segundo as leis do Céu…
Esse mundo foi desvastado pelas invasões bárbaras e que continua a ser o nosso...
A Pré-História contada pelos homens foi um embuste terrível que tentou escamotear as provas evidentes de uma civilização anterior organizada e pacífica sob o culto da Deusa Mãe.

Nessa cultura:

“A Deusa personifica a unidade de todas as coisas. Ela dá ao seu povo tanto o alimento físico como o espiritual. Dá a vida e na morte mas ela envia os seus filhos para o seu seio cósmico. Ela simboliza a relação com a vida quer no seu lado generoso quer no seu lado destrutivo, ligada à natureza, não se preocupando com as guerras nem com as conquistas.
(…)
O culto da Deusa Mãe irriga um sistema de valores caracterizado pela ausência de violência, uma forma de igualdade e de cooperação entre homem e a mulher, uma ausência de hierarquias. Esta organização social em forma de círculo, teve lugar no mundo durante cerca de 10 a 20 mil anos de civilização sob a inspiração do princípio feminino.”*

*
In La Femme Solaire (traduzido do francês)
Fonte:rosaleonor.blogspot.com

O PODER PROFÉTICO DA MULHER



"Não a palavras que possam ser ditas ante Teu altar, que expressem o meu amor e o respeito que nutro por Ti"


A Deusa é a Terra e a Terra é a Deusa, que é fonte da sabedoria e inspiração divina


Há igualmente grandes evidências de que a espiritualidade, e em particular a visão espiritual característica de sábios videntes, já foi associada à mulher. Nos registros arqueológicos mesopotâmicos soubemos que Ishtar da Babilônia, sucessora de Innana, ainda era conhecida como a Senhora da Visão, Aquela que Orienta os Oráculos, e a Profetisa de Kua. As tábuas babilônicas contêm numerosas referências a sacerdotisas que oferecem conselhos proféticos nos santuários de Ishtar, algumas das quais são importantes nos registros de eventos políticos. Sabemos, através dos registros egípcios, que a representação de uma naja era o sinal hieroglífico para a palavra Deusa e que a naja era conhecida como o Olho, uzait, símbolo de compreensão e sabedoria místicas. A Deusa naja conhecida como Ua Zit era a deidade feminina do baixo Egito (norte) em tempos pré-dinásticos. Posteriormente, tanto a Deusa Hathor quanto Maat ainda eram conhecidas como o Olho. O uraeus, uma serpente empinada, é encontrada com freqüência sobre as frontes da realeza egípcia. Além disso, um santuário profético, possivelmente sítio de um antigo santuário à Deusa Ua Zit, elevava-se na cidade egípcia Per Uto, que os gregos chamavam Buto, nome grego para a própria Deusa naja. O famoso santuário oracular de Delfos também se elevava em um sítio originalmente identificado com o culto da Deusa. E mesmo em épocas gregas clássicas, após ter sido dominado pelo culto a Apolo, o oráculo ainda falava através dos lábios de uma mulher. Ela era uma sacerdotisa chamada Pítia, a qual se sentava sobre um mocho trípode em tomo do qual havia uma serpente chamada Píton enroscada. Lemos ainda em Ésquilo que nesse templo, que era o mais sagrado, a Deusa era venerada como a profetisa primeva. Outra vez sugere-se que mesmo na idade clássica grega a tradição de uma sociedade de parceria em busca da revelação divina e da sabedoria profética através das mulheres ainda não fora esquecida.

IN O Cálice e a Espade - Riane Eisler

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MODRON A GRANDE DEUSA MÃE


DEUSA MODRON


Modron (Grande Deusa Mãe) é uma Deusa céltica similar a Deusa grega Deméter. Etimologicamente, Modron é a "Matrona", cujo nome (Modr em galês) é o do rio Marne (rio da França), igual ao nome genérico de todas as Deusas Mãe que se observava nas estátuas da época galo-romana.

A tradição galesa fala, algumas vezes que Modron é mãe dos gêmeos Owein e Morvud, outras vezes fala de um filho único. Esse filho único não deixa de ser misterioso, pois trata-se de Mabon.
Mabon é o Deus Sol celta da profecia e está ainda, associado à caça selvagem ou à caça ritual. Igual a Deusa Perséfone, foi roubado de sua mãe com três dias de idade. Sua saga é contada na narração galesa "Kulhwch y Olwen", cuja origem é muito antiga.

Modron é também muito citada nos textos mitológicos galeses. Uma Tríada referida a "três portas benditas da Ilha da Bretanha" cita a "Owein, Morvud, e Modron. Morvud, que algumas vezes aparece como irmã de Modron, é, segundo outra Tríada, uma das mulheres mais amadas pelo rei Arthur. No entanto, sua amante é Kynon ab Klydno.

Ela é ainda, neta do Deus Belenus e filha do rei de Avalon, Avallach, onde mora com suas irmãs e cuida da terra. Associada à soberania da terra, é feiticeira e curadora, e protege as nascentes sagradas, fontes, artesãos e artistas. Seus símbolos mágicos são as crianças, as flores e frutas, e ela incorpora a força da vida e a fertilidade, bem como a maternidade e as energias criativas da natureza.

A indicação de Modron, filha de Avallach, que é o nome galês de Avalon, nos conduz estranhamente à Morgana, rainha e sacerdotisa da ilha de Avalon: não podemos nos esquecer que, segundo "Vita Merlini", Morgana conhece a arte de trocar de aspecto de seu rosto e voar através dos ares, coisa que a Deusa Modron também é capaz de fazer.

Tanto Morgana quanto Modron, têm a capacidade de transformar-se em pássaros e sempre estão acompanhadas de suas irmãs, que podem tomar o mesmo aspecto que elas. Aqui fica a dúvida se Morgana e Modron sejam o mesmo personagem.

DEUSA CORVO

Os Corvos de Owein (País de Gales):

"O rei Arthur e Owein ab Uryen jogavam uma partida de xadrez. Durante esse tempo, os servos de Arthur se divertem perseguindo e massacrando os corvos de Owein. Por três vezes Owein pede ao rei que ordene a seus servos para parar o massacre. Arthur se nega a abandonar o jogo. Então Owein disse a um dos seus que levante o estandarte e inicia-se uma batalha. Os corvos de Owein se precipitaram contra a gente de Arthur, massacrando-os um atrás do outro. Por três vezes Arthur pede a Owein que faça cessar o massacre. Owein se nega a abandonar o jogo. Finalmente, ordena baixar a bandeira e se restabelece a paz". (O sonho de Rhonabwy, Joseph Loth, Mabinogion, I, 365-371).

Owein é um dos filhos da Deusa Modron que possui um exército de corvos, que nada mais são que as irmãs de sua mãe, ou seja, mulheres fadas capazes de transformarem-se em pássaros. A narração que se seguem vai complementar essa teoria:

Didot-Perceval (relato cortês):

Perceval se bate contra um tal Urbain e está a ponto de vencer-lhe. Então vê aparecer um bando de pássaros mais negros que nada que houvera visto jamais. Os pássaros lhe atacaram com violência, esforçando-se por defender a Urbain. Perceval mata um dos pássaros, o qual, ao cair, se transforma em cadáver de uma moça. Urbain lhe explica que se trata das irmãs de sua esposa Modron, que têm o poder de transformar-se em pássaros. (Edição de Roach, versos 200-ss)

O personagem de Urbain em Didot-Perceval, não é difícil de identificar: é "Uryen ab Cynfarch, em galês moderno.

Esse Uryen, tão celebrado pelos poeta, sobretudo por Llywarch-Hen e Taliesin, como o guerreiro temido por excelência, era chefe dos bretões do Norte (região de Strathalyde e Glasgow), é o rei Urien indicado por Chrétien de Troyes como um dos cavaleiros da Távola Redonda, e pai de Yvain, ou Owein.

A conclusão do relato também não é difícil de entender: Urbain sendo o pai de Owein é defendido pelos famosos Corvos de Owein, um bando de pássaros negros, que protegem tanto o filho como o pai.

Já em relação a Owein, é provável que não designe outro personagem do que Mabon, ou vice-versa, pois é o Filho.

A BUSCA DE MABON

Na narração "A Busca por Mabon", cabe ao herói Culhwch (Kulhwch) encontrá-lo, pois é uma das tarefas que deve realizar para conseguir a mão de Olwen em casamento.

Para essa aventura, levou junto: Gwrhyr, que era um excelente tradutor da língua dos animais e o rei Arthur.

Ao seguir caminho para cumprir a missão, Gwrhyr questionou um melro de peito branco:

-"Você sabe alguma coisa de Mabon, filho de Modron, que lhe foi roubado com três dias de vida?"

Mas o pássaro apesar de velho, disse que nada tinha visto, mas que perguntassem para o veado de Rhedynfre, que já tinha vivido mais tempo que ele e talvez soubesse algo.

Ao ser consultado o veado respondeu:

-"Quando cheguei aqui, era o único veado galhado e nenhuma árvore crescia, com exceção de uma única árvore de carvalho. A árvore de carvalho cresceu e inúmeras outras surgiram a sua volta. Entretanto, apesar de ter aqui passado tanto tempo, nunca ouvi falar do homem que procuram. Mas sei que mais velho que eu é a coruja".


O O veado então conduziu-lhes à coruja de Cwm Cawlwyd. Gwrhyr, voltou a indagar se ela tinha visto Mabon. A coruja respondeu-lhe:

--"Quando aqui cheguei, esse vale grande que você vê era estreito e arborizado. Então a raça do homem veio para destruí-lo. Mas, um tempo depois, uma nova floresta cresceu por cima. Essa floresta que você vê hoje já é a terceira. Quanto a mim, minhas asas desgastaram e não consigo mais voar. Embora já tenha vivido tanto, nunca ouvi falar do homem que você procura. Mas sei de uma criatura, a mais velha do mundo e quem viajado muito mais que eu, que poderá lhe ajudar."

A A coruja levou-os até à águia de Gwernabwy. Gwrhyr perguntou à águia:

-“Você sabe qualquer coisa de Mabon, filho de Modron, que foi roubado de sua mãe quando tinha três dias de vida?”

A águia respondeu:

-"Eu vim para cá há muito tempo, mas não ouvi falar do homem que você procura, exceto quando fui caçar meu alimento no lago Llyw. Lá enfiei minhas garras em um grande salmão, esperando que me alimentaria por diversos dias. Em vez disso, arrastou-me para dentro da água e eu mal consegui escapar. Eu fui atrás de todos meus parentes para tentar destruí-la, mas ele pediu paz e veio nos encontrar com cinqüenta peixes espadas. Talvez esse salmão saiba algo sobre o homem que procura. Vou levá-lo até ele."

Ao ser indagado, o salmão disse que nadando rio acima para alimentar-se, perto de Kaer Loyw, ouviu lamentos que nunca havia escutado antes. Propôs então, levá-lo nos ombros até o local.

Assim, Kai e Gwrhyr montaram no ombro do salmão e chegando próximo a um castelo, ouviram gemidos e terríveis lamentos vindos de dentro das paredes. Gwrhyr perguntou:

-"Quem é que está gemendo desse jeito?"

Ouviu então a resposta:

-"Aliás, há uma razão para tão terríveis lamentos. Mabon, filho de Modron, está aqui prisioneiro."

Gwrhyr volta a perguntar:

-"Existe esperança de podermos libertá-lo em troca de algum resgate?"

E foi respondido:

-"Não, só pela força conseguirei escapar."

Gwrhyr então voltou para contar o ocorrido ao rei Arthur. Esse, reuniu seus homens, atacou o castelo e conseguiu libertar Mabon, que foi encontrado em uma prisão subterrânea. Devemos acrescentar, que a prisão de Mabon se encontra em Kaer Loyw, que significa "Cidadela da Luz" e só lhe liberam graças a um veneno, o que equivale a um verdadeiro "regressus ad uterum", uma regeneração pela mãe.

Chamado de o "Filho da Luz" ou o "Filho Divino", Mabon representa a plena juventude, o sexo, o amor, a magia e adora pregar peças. Associado a Myrddin e posteriormente a Cristo, seus símbolos são o javali, as nascentes minerais e a lira.

MABON, A DIVINA "CRIANÇA INTERIOR"

Mabon, como toda a Criança Divina", passou pouco tempo junto de de sua mãe, conforme a narração, três dias, pois é raptada e colocada num local úmido, escuro e subterrâneo de um castelo, que muito lembra o útero da Grande Mãe Terra.

Confirma-se assim, que toda a Criança que se destina a algo grande, necessita de um segundo parto no santuário da Grande Mãe, enquanto é equipado com as capacidades extraordinárias e as forças que precisa para cumprir suas árduas tarefas. Tal criança, portanto, precisa receber o sopro vital da Mãe Divina e este é o motivo pelo qual, devem ser afastadas de suas verdadeiras mães, mas nunca para serem aniquiladas e sim serem salvas. Sua salvação não está ao alcance de sua mãe biológica.

Entretanto, o relacionamento primal com sua mãe, jamais será esquecido. Mesmo que mãe e filho se dispersem, se separem, as vivências, as recordações permanecem, pois o filho é um pedaço de sua mãe e nunca seu destino a deixará indiferente.

O que todos nós precisamos, assim como a Criança Divina, é alguma vez na vida experimentar como uma pessoa se sente quando é amada. E, se nenhuma pessoa estiver disposta a nos proporcionar essa experiência, então precisamos aprender a amar à nós mesmos.

Entretanto, muito embora a Criança Divina, seja tratada de um modo especial, isso não quer dizer, que não terá dificuldades na vida adulta, pois quanto mais importante é o personagem, tanto mais arriscada será a sua existência. É como se ela precisasse primeiramente dar provas de sua missão conforme o lema: "o que não me mata me fortalece".

A lenda do Deus Mabon representa, em um sentido mais pessoal, a capacidade de superar as dificuldades, de suportar as dificuldades e aprender com elas, para renascermos como pessoas melhores.

Mabon é a Criança Divina que dormita em nosso inconsciente e que não pode ser negligenciada e muito menos afogada com argumentos "racionais", pois ela contêm em si todo o conhecimento sobre a capacidade de resistir à nova vida. E, quando esse arquétipo infantil constela dentro de nós, surge também o arquétipo "Mãe", pois não existe filho sem mãe. E também, o arquétipo "Pai", pois não existe filho sem pai, muito embora os povos mais antigos não tivessem consciência do fato. Assim, a família está completa, uma "Família Divina", porque representa a totalidade, o Si-mesmo.

Ao acessarmos nossa Criança Divina Anterior, também devemos cavalgar nas costas do salmão que nos levará até a entrada de uma gruta muito escura, mas cheia de tesouros. O "Abre-te Sésamo" para chegarmos até toda essa riqueza é tomarmos consciência da nossa "criança interior", porém, quanto mais tempo nos demorarmos nessa auto-descoberta, mais nos afastamos de sentir o prazer da felicidade plena.

O POÇO SAGRADO DE MODRON

O poço consagrado à Deusa Modron, que foi cristianizada como Santa Madrun fica em Cornwall, na Inglaterra.

No trajeto até o poço, encontramos árvores adornadas com muitas tiras de panos ("clouties"). O costume de pendurar tiras de tecidos nas árvores ou arbustos das vizinhanças de um poço ou fonte sagrada, ainda é bastante difundido na Escócia, País de Gales e na Irlanda. A idéia desse ritual é rasgar uma parte da roupa do corpo, mas exatamente do local que está doente. Em seguida, deverá ser atado à árvore. Quando o pedaço do pano apodrecer na árvore, a enfermidade desaparecerá com ele.

O simbolismo relacionado com a Deusa Mãe foi esquecido quase por completo, desde que começaram a ser realizados ritos cristãos nas igrejas. Contudo, a veneração da água, que desempenhou papel importante na antiga religião celta, ainda se conserva em alguns costumes populares relacionados com os poços sagrados.

Os poços e fontes, são muito visitados com várias intenções, entre elas: com o propósito de adivinhação, especialmente por moças solteiras, na primeira quinta-feira do mês de maio. As visitantes confeccionam anteriormente, cruzes com dois pequenos pedaços de palha, fixados com um alfinete. Tais cruzes devem ser colocadas na água para flutuar. O número de bolhas que surgirá na superfície, indicará o número de anos de espera para se casarem.

Ou ainda, objetivando a cura de alguma enfermidade. Nesse caso, a pessoa ou criança deve mergulhar despida (ou traje de banho), três nas águas do poço, estando de frente para o sol. Em seguida, deve dar nove voltas em torno do poço e depois deitar-se em qualquer relva próxima para secar-se ao sol. Esse ritual deve ser realizado na primeira quarta-feira ou domingo do mês de maio e em absoluto silêncio. Quando estiver indo embora, se o ritual foi realizado para uma criança, deixe uma peça de roupa dela amarrada em uma árvore próxima.

DEUSA MÃE SOLAR

Modron, como Mãe de Mabon, que encarna o jovem sol, é a Anciã Deusa Solar. Ainda, como filha de Avallach, está associada com as maçãs, que são as imagens simbólicas do sol. Já como neta de Belenos, cujo nome significa "Brilhante e tem sua origem na mesma raíz que Apolo, Deus solar grego, mais uma vez, vemos reforçada sua posição Deusa associada aos Deuses Solares. Todas essas correspondências, portanto, nos leva a afirmar de que Modron é, sem sombra de dúvida, uma Deusa Sol.

E, mais ainda, Modron, com seus filhos gêmeos Morwud e Mabon-Owen, parece ser o equivalente celta da Deusa Leto-Letona com seus filhos Apolo e Ártemis. Isso se confirma pelo feito que a Grã Bretanha, na Antiguidade, passava por ser o país de nascimento de Leto. Além disso, Diodoro Sículo demonstra que o templo circular de Stonehege é um santuário dedicado a Divindade Solar, opinião corroborada por Pomponio Mela.

O fato da Deusa Modron sempre vir acompanhada de pássaros, ou ela mesma ser um pássaro, sendo o dito pássaro um corvo, lhe rende uma direta associação com Deus Apolo, pois o corvo é o animal símbolo desse Deus. E, apesar do corvo apresentar a cor negra, é um símbolo solar. Por outro lado, existem corvos brancos, e o nome da Deusa Branwen (Corvo Branco), irmã do herói Bran, não nos deixa esquecer.

ENERGIA FEMININA SOLAR

Em períodos mais arcaicos, muitos povos adoravam o Sol como um aspecto da Mãe Natureza, com as funções de iluminar o mundo, curar os enfermos, vivificar e ressuscitar os mortos, acalentar o âmbito privado do lar e do Templo, proteger os campos contra geadas, etc.

Mas como eram essas culturas centradas na mulher e na adoração da Deusa?

Nessas culturas eram amantes da paz, pois junto a elas não haviam fortificações militares, nem armas. Parece também, não ter havido guerras organizadas em grande escala, apenas as escaramuças e conflitos pessoais de escassa importância que ocorrem em qualquer sociedade humana. As armas encontradas, eram pequenos instrumentos pessoais, o que sugere que seriam usadas primordialmente para defesa.

Aos centros da Deusa faltava também uma estrutura política burocrática, pois as pessoas viviam em famílias extensas, semelhantes a clãs governado por mães. Não existia escravatura. As mulheres atuavam como sacerdotisas, artistas, agricultoras e caçadoras de animais de pequeno porte. Em suam, essas culturas neolíticas da Deusa parecem ter lançado as sementes para o fascínio dos pensadores ocidentais com a Utopia, não como uma possibilidade futura, porém, mas como um sonho a respeito de uma realidade que perdemos.
As sociedades matrifocais podem ter tido, na verdade, as características de uma Idade de Ouro simplesmente porque a vinculação primária era entre filhos e mães. Como já salientou o psicanalista Erich Fromm, os filhos devem "conquistar" o amor do pai, usualmente pela obediência e o conformismo. O amor de mãe é incondicional, o que engendra boa vontade. As culturas baseadas no amor materno e reforçadas pelos ritos religiosos em torno da Deusa-Mãe teriam sido sociedades pacíficas, condescendentes, mantenedoras da vida, baseadas na confiança. A natureza sacrossanta de toda a vida teria sido realçada, e o comportamento destrutivo, violento, destrutivo, desencorajado. Os valores humanistas decorrentes da jovialidade natural das relações entre mãe e filho teriam cimentado muito mais o relacionamento social do que a mera obediência a uma figura autoritária.

Com a implantação do regime paternalista, toda essa energia feminina solar canalizada na Deusa, assim como todos os seus símbolos foram considerados demoníacos. O clímax desses acontecimentos se deu na Idade Média, com a Inquisição, momento em que a imagem oposta do arquétipo do Cosmo Feminino começou a emergir.
Quando os Deuses Solares tornaram-se heróis todas as Deusas passaram a ser as vilãs, e muitas velhas histórias foram reescritas. A mitologia sacra começou a refletir um dualismo desconhecido nos tempos neolíticos. Sol e Céu opostos à Terra e à Lua, coisas que eram parte da Grande Mãe, incluindo o poder de destruir, o mistério da morte e a escuridão da noite. Essas polaridades não tinham conotação moral. Não era questão de "Bem" contra o "Mal", e sim, que todas as coisas tinham aspectos positivos e negativos, todos eles ingredientes necessários na Grande Roda da Vida Criada.
Com a Criação do Antigo Testamento, a interpretação da história tornou-se então a base para a auto-negação do próprio homem, negação essa que não pode despertar outra coisa do que espanto e horror, pois a natureza humana e principalmente a mulher são considerados repulsivos e envenenadoramente maus.

Talvez as palavras mais crassas sejam aquelas do Papa Inocêncio III em "De contemplu mundi" ("Do desprezo por este mundo", onde ele declara claramente sobre a humanidade:)

"Formatus de spurcissimo spermate, concetus in pruritu carnis, sanguine menstruo nutritus, qui fertur esse tam detestabilis et immundus, ut ex ejus contactu frudes non germinent, arescant arbusta... et si canes inde comederint, in rabiem efferantur." (Formada do esperma mais imundo, concebida no prurido da carne, alimentada pelo sangue menstrual, que é considerado tão nojento e imundo que depois de ter contato com ele, as frutas dos campos já não germinam, os pomares secam... e os cães, se dele comem, ficam raivosos.) Impressionante!

É uma pena a humanidade ser míope às influências divinas femininas que poderiam conferir à vida do mortal algum esplendor. Em todo o ser humano há um arquétipo que personifica a Grande Mãe, e em todo ser humano dormita a sabedoria da Deusa Modron. Todos podem reivindicar para si a dádiva de Modron, purificada pelo fogo do sofrimento, com as forças que antes lhe pareciam sobre-humanas para vencer na vida.

O DESPERTAR DA DEUSA MODRON

Modron chega até nossas vidas com sua antiga religião, depois de uma longa apatia, para trazer à tona poderes latentes, que toda a mulher poderá desenvolver e aplicar na vida, tanto para sua própria satisfação e vantagem, como para aumentar sua contribuição à vida em grupo.

Mas, esse passo adiante no desenvolvimento consciente, não acontecerá sem dificuldades e obstáculos. Para todas as mulheres da sociedade atual, uma vida unilateral não é suficiente e o conflito entre as tendências opostas do masculino e feminino dentro delas tem de ser encarado. Não podemos mais restringir o "feminino" àqueles velhos padrões instintivos e inconscientes. Se as mulheres pretendem ter contato com seu lado feminino Sol, isso precisa ser feito pelo duro caminho de uma adaptação consciente.

Os problemas de adaptação, surgido da recente consciência da dualidade na mulher, têm que ser necessariamente tratados sob seu aspecto moderno. A necessidade de reconciliação dessas duas partes da natureza feminina é um problema secular e é somente em sua aplicação à vida prática que o aspecto moderno surge. Basta olhar por sob o verniz da vida contemporânea para se encontrar o mesmo problema num nível mais profundo. Não é um problema de adaptação da mulher ao mundo do trabalho e do amor, esforçando-se para dar o mesmo peso a ambos os lados da natureza, mas sim uma questão de adaptação aos "princípios" femininos (anima) e masculinos (animus) que interiormente governam o seu ser. Ela tem que se voltar para aquele material subjetivo rejeitado, que para os cientistas objetivos do século XIX era somente superstição ou questão de humor.
Nós precisamos nos reconciliar com nossas Deusas Solares interiores que representam a projeção ingênua de realidades psicológicas e que não estão deturpadas pela racionalização.


RITUAL DA MAÇÃ

A Deusa Modron pode ser celebrada com um simples ritual da maçã, pois essa fruta é consagrada à ela e seu filho Mabon. A maçã era depositada ao longo dos túmulos funerários, como forma de honrar os míticos seres que habitam neles. A oferenda de maçãs também simbolizava o agradecimento das tribos pelas boas colheitas como também eram ofertadas em respeito aos ancestrais que já partiram para o Outro Mundo.

Existe ainda um antigo costume popular que consiste em beber suco de maçã para atrair o amor ou aumentar a potência sexual.

Para esse ritual você precisará de apenas uma maçã. Espere até a entrada da primeira Lua Nova, segure a maçã com as duas mãos e, de pé ou sentada em um local onde possa estar exposta à luz do sol, recite antes de dar a primeira mordida:


Ó Modron Mãe adorada, Deusa toda poderosa

Honro seu amor, ó formosa

Conceda-me um amor apropriado

Que pelas estrelas me seja enviado.


Ao dar a primeira mordida pense na Deusa. Imagine também a fruta do amor, doce e úmida, transformando-se em um romance saboroso!



Texto de ROSANE VOLPATTO

domingo, 16 de maio de 2010

A RAINHA DO CALDEIRÃO




CERRIDWEN, A RAINHA DO CALDEIRÃO

O CALDEIRÃO

O caldeirão tem sua base mitológica na tradição celta. O vaso de prata era chamado de "Caldeirão de Regeneração". O sangue despejado dentro dele devia formar uma bebida regeneradora ou um banho. Também está registrado que o caldeirão deveria ferver até que produzisse "três gotas da graça da inspiração", desta forma é conhecido como o Caldeirão da Inspiração", produzindo uma bebida semelhante ao "soma".
Este caldeirão da Deusa Cerridewn foi o precursor do Santo Graal. Afirma-se que no Graal havia uma fusão do caldeirão mágico do paganismo celta e do cálice sagrado do cristianismo, com os produtos tornados místicos e gloriosos.
A simbologia o torna uma ferramenta de transformação, mas também como a imagem do ventre materno. Acredita-se que o caldeirão é capaz de transforma a base material em espiritual, a mortal em imortal e de formar a bebida da imortalidade e inspiração.
O caldeirão do renascimento é um tema que se repete em muitos contos célticos.

ARQUÉTIPO DA MÃE PROVEDORA DA VIDA E MORTE

Para os galeses, Cerridwen é uma Deusa Tríplice (donzela, mãe e mulher idosa), cujo animal totêmico é uma grande porca branca. Ela é a mãe que conserva todos os poderes da sabedoria e do conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos, pois o mesmo poder que leva as almas para a morte, traz a vida. De seu ventre parte toda a vida e a vida provém da morte. Do interior de seu caldeirão emanam porções, com as quais Cerridwen comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para auxiliar seus adoradores.
Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa do caos e da paz, da harmonia e da desarmonia. Deusa da lua, dos grãos, da natureza. A porca branca comedora de cadáveres representando a Lua. Associa-se a morte, a fertilidade, a inspiração, a astrologia, as ervas, os encantamentos, o conhecimento...
Conta-se que Cerridwen, com a bebida de seu caldeirão transformava um homem comum em um rei. Sua história vem do País de Gales medieval e se encontra escrita em "The Mabinogi (1977) de Patrick K. Ford. Cerridwen, viveu à margem de Llyn (lago), casada com Tegid Foel,com quem teve dois filhos. Um era belo, mas o outro muito feio, chamado de "Morfran" (grande corvo). Pensou então que o único remédio contra esta adversidade, seria torná-lo sábio. Para tanto, ela juntou ervas e fez para ele uma poção mágica. Demorou um ano e um dia para terminar a tal poção. Gwyon Bach, seu assistente estava encarregado de vigiar o fogo e a poção, mas foi advertido para não bebê-la. Entretanto, quando três gotas a poção saltaram do caldeirão, Gwyon empurra o filho de Cerridwen e as bebe. Instantaneamente, ele possuía a sabedoria do mundo, sabia até mesmo que Cerridwen tinha a intenção de matá-lo. Ele fugiu e ela foi atrás dele, no que se chamou de "Caçada Mágica".
Gwyon transformou-se em uma lebre e Cerridwen em um cão, transformou-se então em um salmão e ela em uma lontra. Por último transforma-se em um grão de trigo, mas a Deusa em corpo de uma galinha o come. Nove meses mais tarde Cerridwen deu à luz em Taliesin, o maior dos Trovadores Celtas. Depois de tê-lo em seu seio, não conseguiu mais matá-lo. Ela então o coloca dentro de um saco de pele e introduzindo-o dentro de uma pequena barca, que fica a deriva sobre as ondas.
Elphin, filho de um rico proprietário de terras, salvou o bebê e lhe deu o nome de Taliesin (semblante radiante). A criança reteve todo o conhecimento e sabedoria adquiridos pela poção e tornou-se um importante e talentoso Bardo.

INTERPRETAÇÃO DA LENDA

Quando Gwyon bebe as três gotas proibidas, tem a visão perfeita da divindade representada pos Cerridwen. Assim, é perseguido e castigado pela Deusa, que acaba engolindo-o. Dito castigo é a tradução culpabilizada da repercussão do do conhecimento: Gwydion Bach não pode suportar a visão do mundo imperfeito, e de alguma maneira se encontra exilado no mundo da relatividade, daí suas sucessivas transformações em animal e depois em grão de trigo. Porém, como tem o conhecimento perfeito, não pode morrer realmente: agora participa da divindade de Cerridwen. Por isso, Cerridwen o ingere na forma de grão de trigo. Não podia fazer outra coisa do que absorvê-lo, igual ao sacerdote católico que tem que limpar o cálice absorvendo até os menores pedaços de hóstia que tenham restado. Pois, se a divindade é esquartejada, perde seu poder. Não pode ficar dispersa, como nos indica todas as lendas de Deuses desmembrados que têm que ser reconstruídos para que o mundo recupere o equilíbrio anterior a catástrofe.
Quando Gwyon se apodera dos segredos de Cerridwen representados pelas três gotas, se produz uma catástrofe comparável ao do nascimento. A partir desse momento, aparece a necessidade de reconstruir a unidade perdida, a necessidade de voltar atrás, até a mãe, e dessa forma se produzirá um "novo nascimento". No caso de Gwyon Bach, que não pertence a casta dos mortais, não morre, fecunda a própria mãe e renasce pela segunda vez sob o aspecto de Taliesin, o bardo que conhece os segredos do mundo e da divindade.
A imagem da narração é clara: no final, Gwyon Bach é engolido por Cerridwen, ou seja, descreve um ato sexual (com simbólica fecundação oral).
Gwyon volta para o seio da mãe para um novo amadurecimento, e quando renasce, é Taliesin. Cerridwen havia dado nova vida àquele que havia engolido, àquele que é ao mesmo tempo filho e amante.
Essa é a metamorfose mais brilhante que a mulher faz o homem experimentar quando o ama, pois o ato de amor pode causar um novo nascimento. E, o ato de amor, também está vinculado a morte. O orgasmo masculino, todos os estudos médicos sobre esse ponto estão de acordo, submete o indivíduo a um estado próximo da morte. É uma pequena fração de segundo que o homem se "desconecta do real", depois do qual, já não tem mais razão de existir, pois já transmitiu seu sêmen e esse pode dar nascimento a um ser novo. "A expulsão dos produtos sexuais no ato genital", disse Freud, "corresponde quase a separação do soma e do germe; por isso a satisfação sexual total se assemelha a morte."
Porém, essa "pequena morte" não é para o ser humano, pois o orgasmo, por mais completo que seja, não chega a satisfação total. O desejo nunca é totalmente satisfeito, que é a condição de seu renascimento. Sendo a vida um perpétuo impulso, está no desejo a sua motivação mais profunda.
Daí surge a imagem de Cerridwen, a bruxa que nutre seu amante, para dar nascimento ao seu filho e continuidade à humanidade. Taliesin n~so é mais do que o renascimento da semente plantada por Gwyon Bach. E Cerridwen que se apresenta com características de temível e tirânica, é a Senhora que o domina.

Essa narração, embora seja da época cristã, é baseada na crença de que o homem nada tem a ver com o fenômeno do parto, que é função específica da mulher. O homem não é considerado pai dos filhos no sentido que nós damos a esse termo, pois ignora-se a paternidade fisiológica e o pai resulta completamente alheio ao nascimento dos filhos.
Essa crença arcaica é característica de uma sociedade que temos a tendência de a considerar como primitiva no sentido pejorativo da palavra. Mas, na verdade, representa um estágio de civilização não necessariamente pior do que o estágio paternalista da civilização romana, ou o nosso estágio híbrido. Na sociedade matrilinear, o pai não desfruta de nenhum privilégio em relação aos filhos, e não tem portanto, direito ao seu afeto, tendo a necessidade de fazer tudo para ganhá-los. Por outro lado, não tendo as responsabilidades financeiras que envolvem uma família, se sente mais livre para deixar que seus instintos paternais se desenvolvam.
Assim, a sociedade paternalista, insistindo sobre o papel biológico do pai, reforça todas as fontes de conflitos de natureza edípica, e destrói o equilíbrio dos instintos fundamentais que persiste na sociedade matrilinear, posto que a relação, para o pai, só pode ser uma relação desinteressada, isenta de toda autoridade. Além disso, são as sociedades paternalistas que consideram a mulher como uma máquina de prazer ou de procriação e ainda insistem sobre a sacrossanta virgindade das jovens.

Como podemos ainda, constatar na lenda de Cerridwen, mudar a própria forma é algo que todas as Deusas Celtas podem fazer. Mas nós seres humanos também não mudamos? Todos os dias ao levantarmos, tomarmos banho e nos vestirmos, podemos estar vestindo muitas faces, dependendo da situação.
A transmutação de forma é marketing para se alcançar resultados máximos.
As Deusas e Deuses Celtas estão ligados a vários animais e aos Elementos. Ao transmutar-se e tornar-se Uno com um animal, a Deusa ou Deus ganha mais poder.
Nós, como as divindades, podemos mudar de forma para amimais poderosos e de grande auxílio. Você pode se transformar em um tigre em uma reunião de vendas, acho que será de grande ajuda. Ao nos tornarmos todas as coisas e mergulharmos na unidade, poderemos entrar em contato com a nossa verdadeira natureza. Cabe também acrescentar que, Cerridwen vivia ao lado do lago e era encarregada do caldeirão do renascimento, Morgana era a Senhora do Lago que leva Artur de barco à um local nas proximidades de Avalon, com intuito de curar suas feridas.
Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. Não devemos encarar a morte como um fim, mas um renascimento A nossa presença aqui é tão pungente! A pequena faixa de claridade que chamamos nossa vida está suspensa na escuridão de dois desconhecidos. Há a escuridão do desconhecido, na nossa origem. Emergimos subitamente desse desconhecido e inicia-se a faixa de claridade denominada vida Depois, há a escuridão do fim, quando desaparecemos mais uma vez de volta ao desconhecido.

Talvez você tenha chegado ao final de um ciclo, de um relacionamento, de um emprego e esteja com medo de deixá-los ir embora. Ou até sente que está morrendo, quando apenas uma parte de você tem de dar lugar ao novo. Mas saiba, que no lado inferior da vida, sempre existirá a morte. Se viver a sua vida ao máximo, não terá medo da morte e do que ela significa, pois ela pode tornar-se o momento de libertação mais profundo de sua natureza. Quando aprender a abrir mão de certas coisas, aprenderá a morrer espiritualmente de pequenas formas durante a vida. Imagine esse ato de abrir mão, multiplicado mil vezes no momento da morte. Essa liberação pode proporcionar uma vinculação divina completamente nova. Os místicos sempre reconheceram que, para se aprofundar na presença divina do íntimo, é necessário exercitar o desprendimento. Quando começamos a nos deixar levar, é espantoso como a nossa vida enriquece. As coisas falsas as quais nos agarramos desesperadamente se afastarão, dando espaço para que somente o verdadeiro se aprofunde dentro de nós.
A totalidade só é conquistada no momento que dissermos sim e dançarmos com a morte e o renascimento Cerridwen diz a você que sempre receberá de volta o que der a ela, portanto entregue-se e renascerá.

RITUAL À CERIDWEN

Cerridwen está relacionada ao renascimento e a ligação com os outros mundos. Seus rituais são realizados na Lua Minguante, que é seu símbolo. Sua cor é o negro e por isso recebe o título de NIGREDO, Senhora da Noite. Para realizar seu ritual e dar boas vindas à lua minguante você vai precisar de :

1 Vela Branca

1 Vela Vermelha

1 Vela Preta

O Caldeirão com Água

A Taça com Água

O Athame

Folhas de Louro ou Eucalipto

Disponha as 3 velas em forma de triângulo sobre o altar de forma que a preta fique a esquerda, a branca a direita e a vermelha no topo do triângulo, coloque o caldeirão no meio do triângulo formado pelas velas, coloque a taça abaixo do triângulo de velas então chame por Ceridwen :

Oh antiga Deusa que reside no Norte
aquela que conhece o passado de todas as coisas,
ouça o meu chamado e que
minha invocação seja agradável aos seus olhos,
Oh Nigudo senhora da sabedoria e compreensão.
Ceridwen Mãe Celeste que a Lua Minguante
seja bem vinda e que seus poderes de exterminar
com todas as coisas negativas se espalhe sobre o mundo,
transmutando os Karmas,
solucionando os problemas,
curando as doenças,
afastando as intrigas,
a inveja, os obstáculos e
problemas que nos impedem de chegar a plena felicidade.
Oh Deusa da Inspiração e Criação,
venha em nosso auxílio!

Espalhe as folhas de louro ou eucalipto sobre o altar coloque o athame em cima das mesmas dizendo:

Mãe do caldeirão sagrado que sua face minguante seja bem vinda a este mundo para que tenhamos paz, saúde e bons presságios.

Que assim seja e que assim se faça para o bem de todos.

Rosane Volpatto

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Prece ao Coração da Mãe


Poderosa Grande Mãe, de todo amor e de toda bondade, eu te saúdo e te reverencio. Aos teus pés coloco meu coração e peço o teu amparo e a tua proteção. Unge a minha existência com o teu espírito e me transforma em um ser à tua imagem e semelhança.

Abre meus olhos e me faz vislumbrar a vida sem temores e ansiedades, e amplia a minha visão para que o horizonte das soluções de que preciso seja percebido com brevidade e adequado ao tamanho das tribulações. Aguça meus ouvidos para que não se confunda o meu entendimento e não se turve a minha compreensão. Cala minha boca diante dos impulsos de proferir palavras que ferem ou magoam, e que tudo o que eu disser seja para construir, socorrer e refletir a tua gentileza.

Estende meus braços na direção de cada ser vivo da tua natureza para eu acolher todos e nunca me negar ao préstimo generoso que ensinaste com o teu exemplo. Coloca a tua ternura em minhas mãos, e que elas sirvam para abençoar, plantar, nutrir, afagar e trabalhar segundo a tua vontade. Conduz minhas pernas e meus pés rumo ao destino do bem, da solidariedade, da misericórdia e da compaixão comigo e com os que estão em meu entorno no universo. Dirige meus passos e me mantém em segurança. Desvia-me das ilusões e das vaidades que possam me afastar do teu caminho sagrado.

Resguarda-me pela frente e pelas costas, pela esquerda e pela direita, acima e abaixo de mim, e livra-me das ameaças, riscos e perigos, e, ainda, das tentações. Põe a tua luz sobre a minha cabeça e ilumina meus pensamentos, e que nenhuma sombra de medo me torne esquiva da perseverança, do otimismo e da confiança.

Lava meu coração das tristezas que ele conheceu, das amarguras que acumulou, dos ressentimentos que guardou, e purifica-o com o perdão e o esquecimento. Acalma as minhas angústias e devolve-me a serenidade, o equilíbrio e a ponderação para eu transpor as dificuldades sem me perder nas sendas dos tormentos humanos. Aumenta a minha fé para eu reconhecer e acatar os teus transcendentes desígnios e para aceitar com resignação as lições que me entregas por meio da dor. Transmuta o meu sofrimento em aprendizado e eleva a minha paciência diante dos infortúnios para que a gratidão seja maior do que os lamentos de minha alma.

Orienta meu espírito na claridade do dia e na escuridão da noite, e sussurra em minha intuição o que devo fazer, desde o meu acordar até que eu adormeça no agasalho de teu ventre. Doutrina-me na humildade e no respeito, molda-me na tua devoção e funde-me em tua índole sublime. Sustenta-me em teu colo quando eu andar sozinha e carrega-me pela mão, de volta, se eu me afastar de ti e do que seja benéfico a mim e, também, aos outros. Liberta-me das opressões que abalam a minha tranquilidade e dos problemas que não sei resolver sem o teu auxílio, e inspira os meus gestos, decisões e comportamento. Renova a minha esperança, anima a minha vontade e fortalece a minha coragem para eu não desistir enquanto não se esgotar o manancial de forças que vêm de ti.

Corrige as minhas imperfeições e cura-me dos erros que pratiquei para que a paz ocupe o lugar do arrependimento. Aperfeiçoa a obra incompleta que sou, desenvolve as minhas aptidões, melhora as virtudes que tenho e me instrui a repreender os meus defeitos. Fortifica a saúde do meu corpo físico, abastece-me de harmonia espiritual, estabilidade emocional, capacidade mental e de bons fluidos energéticos. Derrama as tuas bênçãos sobre o meu lar, sobre a minha família, sobre a irmandade universal, e que a chama do teu imenso amor se mantenha flamejante, espargindo o teu fulgor sobre todas as vidas e em todos os lugares.

Mãe e Senhora! Tu és o meu escudo e a minha guia, quem rege a minha jornada e me defende. Toma a minha vida em tua amorosa graça, onde eu estiver e em tudo o que fizer. Sê tu em mim a cada momento, e me dá permissão para ser uma ínfima demonstração da tua sagrada presença Eu Sou. Revela-te em mim para que eu seja, ao menos, uma centelha do teu divino amor, uma migalha da tua infinita sabedoria, uma faísca da tua magnífica e purificadora luz. Eu me consagro a ti e te ofereço tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que faço e tudo o que construímos juntas. Que seja assim, agora e sempre!

por Vera Pinheiro



Feliz Dia das Mães!!!

Mãe,

eu

te

amo!

Vida Pagã - Crianças



Paganismo e Paternidade

Há sem dúvida três grandes contribuições que o paganismo nos oferece nesse momento de retorno às origens: a valorização do corpo como templo da alma e a conscientização da sacralidade que isso implica, o restabelecimento das relações entre homem e natureza, e o reencontro com os valores da família e moralidade.

As relações familiares vêm sendo renovadas na pós-modernidade e é comum vermos novos padrões familiares que não aquele comum de pai-mãe-filhos. Surgem novos padrões que vão tornando-se mais comuns e freqüentes como as famílias gays e as famílias com uma orientação religiosa sem relação com o cristianismo, entre elas as famílias pagãs.

Vendo isso, penso que é necessário uma reflexão sobre os papéis sociais do pai, da mãe (e até mesmo dos padrinhos, a quem os pais responsabilizam a formação religiosa dos seus filhos) já que as relações do indivíduo com o corpo e seu significado também se renova. No contexto das relações femininas vemos que desde as décadas de 1960 e 1970 há um surgimento de muito material de orientação e também o surgimento de grupos incentivando o redescobrimento do sagrado feminino, porém, o aspecto masculino foi sendo renegado pelos meios, talvez por serem os homens uma minoria evidente nos círculos de paganismo tradicional, refugiando-se mais freqüentemente nas Tradições ocultistas especializadas, o que não há uma relação evidente entre si.

O pai mantinha-se à margem da rotina diária dos filhos, reservando os seus “poderes” para ocasiões mais importantes de disciplina e admoestação. Não cedia. Mesmo durante o longo período pré-natal mantinha-se afastado das realidades, como exigiam as demandas sociais.

Tudo isto está presentemente mudando com a maré irreprimível das correntes culturais. Os pais começam a trabalhar ativamente nas numerosas tarefas cotidianas que acompanham a criação dos filhos. A tendência é para a participação, não para o afastamento. O cuidadoso planejamento mútuo que agora caracteriza a gravidez e a higiene da maternidade assinala um novo passo a frente nas nossas maneiras de viver.

O pai moderno está agora em vias de descobrir o seu novo papel. Já compreendeu que não era suficiente ajudar no momento de dar mamadeira à noite e na lavagem das roupas do bebê; nem bastavam leves contatos com os filhos no amanhecer e nas noites de sábado. Fica um tanto admirado ao descobrir que o filho não reage bem às suas sugestões afetuosas e bem intencionadas. Acha que o filho parece em certas idades ser melhor que em outras. Talvez lhe tenha agradado em especial o período dos três anos ou dos cinco anos, e ficasse simplesmente abismado com o comportamento dos seis anos. Alguns pais não conseguem encontrar uma base cômoda de companheirismo antes do filho chegar aos dez anos de idade, quando se começa a estabelecer um tipo de relação de “homem para homem”.

As relações pai-filho não atingirão um nível de entendimento perfeito enquanto ambos os pais não se esforçarem conjuntamente por compreender as características, em consoante as transformações, do seu filho em cada uma das fases de crescente maturidade. Isso exige delas uma atitude em relação a todos os problemas da educação e orientação da criança, que não perca de vista o desenvolvimento; o que,por seu turno, requer um conhecimento cada vez mais profundo dos mecanismos de desenvolvimento, ou seja, é preciso que o pai se interesse pelo filho e o acompanhe ao longo de seu desenvolvimento.

O papel do pai no desenvolvimento físico,intelectual e emocional do filho é muito maior do que ele mesmo em geral imagina. Alguns homens pensam que a educação dos filhos é responsabilidade e tarefa das mães, engano que pode ser muito prejudicial à criança.

O homem pode ser tão capaz de cuidar dos filhos quanto a mulher; e de lhes dar algo que ela não pode dar: um referencial masculino. O psiquiatra e analista jungiano Carlos Biynton, membro fundador da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, enfatiza que há um quarto elemento na relação pai-mãe-filho, que é o vínculo ele eles. Segundo ele, “na fase pré-verbal, a criança não prioriza o pai ou mãe, vivendo em simbiose com eles”. O pai carinhoso, atencioso, participante, sem dúvida se transforma numa experiência importante para a criança. Receber amor de outra pessoa diferente, com outra voz, outro cheiro, outra pele e mãos, que não sejam as da mãe, faz com que, tanto o menino como a menina, percebam mais cedo a noção de “eu” e de “outros”. É de se estranhar como se dá pouca importância ao papel do homem, especificamente o pai, na educação da criança. Quando se falta a referência paterna, falta também o senso de justiça, de ética, e também de papel no grupo social.

O modelo masculino se faz essencial na formação da personalidade da criança e do adolescente. É necessária uma figura de referência e valores que possa criar um vínculo de afeto estabelecer parâmetros de comportamento à criança. Este modelo pode não ser o pai biológico, mas uma outra figura masculina que dê esse suporte de apóio, como um avô, o tio, irmão, vizinho, ou amigo da mãe, por exemplo. É o caso de muitas mães que criam seus filhos longe deste pai biológico e que, no entanto, são crianças e adolescentes saudáveis por terem encontrado um outro modelo de referência.

É necessário repensar o papel do pai como protagonista da vida do seu filho, e não como coadjuvante, pois, enquanto a mãe proporciona um suporte maior para as necessidades físicas e emocionais do filho, o pai é pode proporcionar solidez à formação da personalidade, sendo os dois papéis, de pai e de mãe, igualmente importantes e complementares para a construção de uma personalidade sadia.

Acredito que podemos aproveitar esse momento de renovação e de reflexão a cerca dos papéis sexuais e também das relações familiares a fim de restaurar a figura do pai como personagem relevante na vida do filho, contribuindo para sua maturidade psicológica e física, como também emocional. O relacionamento sadio entre ambos só pode contribuir para o crescimento saudável da família.

Como Estimular o Aspecto Devocional nas Crianças

Podemos fazer varias atividades junto com nossas crianças que podem ajudá-las a ter um sentimento pagão.. Uma delas é a criação de um pequeno altar em que elas se aproximem do deus e da deusa e que seja seu local sagrado. É uma forma leve de mostrar os primeiros conceitos do paganismo e pode ser também muito divertido.

O altar deve ter elementos simples que tenham uma representação para as crianças, como pedrinhas que coletaram num passeio, flores do jardim e atá fotos de pessoas queridas... A localização realmente não importa, o que conta é que a criança se sinta à vontade nele. Estimule-as a fazer oferendas as fadas e a manter sempre limpo seu pequeno altar.Pode ter certeza que os próximos rituais sazonais serão muito mais divertidos junto com suas crianças!!

atividades com as Crianças...

Fadas do Inverno

Durante os meses do inverno, os espiritos da natureza normalmente repousam enquanto suas plantas e arvores repousam.Entretanto , se convidar os que vivem em sua area para sua casa, eles podem passar os meses d einverno com voce, checando sua energia quando necessario.Pode exigir uma certa dose de paciencia e persuasão, especialemente se os antigos moradores não fossem afeitos a sua existencia e rudes com plantas e arvores .Eles sao amigos maravilhosos tantos para humaos quanto para animais.Gostam em particular de crianças pequenas.
Os Pequenos sao tambem um bom barometro para aferir o estado das vibraçoes da casa .Se estiver atraindo ou enviando enrgias negativas , eles ficam quietos e se afastam .Eles atraem a sua atenção para o problema se voce nao o notar imediatamente...

(fonte: O Livro Magico da Lua-D.J. Conway)

As crianças sao fascinadas por estes pequenos seres, contar historinhas sobre eles para as crianças estimula o ludico na paganismoe é muito divertido... Eu costumo fazer todas as minhas atividades com seres pequenos no jardim.. montando altares e pequenos jardins para eles junto com as crianças..sempre na area externa da casa , pois sao seres muito travesos tambem e se entram na casa sempre aprontam laguma travessura , como sumir com as coisas e etc... sao temperamentais tambem...se o altarzinho do jardim esta desleixado, mal cuidado pode ter certeza que vai vir praga no jardim .

Brincando com os Elementos-para Crianças

Desde a barriga da mamãe, os Elementos estão presentes na vida da criança: a Terra é o corpo que a abriga, o Ar é o oxigênio e o Fogo é o calor que vem através do sangue, e a Água é onde ela fica mergulhada em seu “banho” de 40 semanas. Quando pequenas, as crianças também entram em contato com os Elementos, mesmo que a gente não perceba. Elas gostam de brincar com a Terra na caixa de areia da pracinha, com a Água na piscininha de plástico.
Vejamos algumas atividades para cada um dos Elementos:

ÁGUA

Hora do banho! A hora do banho é muito divertida! Os bebês adoram o banho que os faz lembrar do útero onde tudo era seguro e quentinho. A água lembra o líquido amniótico. A sensação é gostosa e de bem estar. Cuide a temperatura da água que deve ser de 37° C e use um sabonete adequado para bebês. Nos primeiros meses não é necessário o uso de xampu. Lave o cabelinho com o próprio sabonete. Converse com ele e diga-lhe tudo o que vai fazer. Separe a roupinha antes do banho para que ele não pegue frio. E mãos a obra! É diversão garantida!
Reguem as plantas. Regar as plantas faz com que a criança entre em contato com os elementos Terra e Água. Ensina que assim como nós, as plantas têm suas necessidades e precisam de água para sobreviver. Mas não se esqueça que o ideal é usar um regador e não mangueira, para evitar o desperdício.

Coletem água da chuva. A água da chuva deve ser coletada diretamente caída do céu, e não escorrida das calhas. Vocês mesmos podem fazer um coletor com garrafa pet, fazendo um funil que dê para o gargalo de outra garrafa. A garrafa deve estar limpa, não deixe resquícios de refrigerante ou vai poluir a sua água. Se você viver em uma cidade onde o ar não é tão poluído, a água coletada pode ser usada nos rituais, e até consumida, pois é uma água natural e não possui os tratamentos químicos dados nas companhias de água e saneamento.
Tomar um banho de chuva. No verão, é muito bom tomar um banho de chuva refrescante. As chuvas no verão geralmente são passageiras e como é um período de muito calor, é muito gostoso aproveitar. Também podem caminhar nas poças depois da chuva, o que constitui uma
atividade muito divertida.

Fazer um barquinho de papel. Ensine-o (a) a fazer um barquinho de papel e deixe-o (a) colocar o barquinho na água que corre na beira da calçada (desde que não seja suja). Com um pauzinho, a criança pode ajudar o barquinho a não encalhar.
Abençoar a água que vai beber. Ensine a criança a abençoar a água que vai beber. Crie um versinho simples e rimado para que a criança possa ela mesma abençoar a água.
Eu abençôo esta água cristalinaQue purifica e a sede elimina!

TERRA

Façam juntos (as) castelos de areia. Fazer castelinhos na beira da praia é uma atividade ótima para o verão. Além de despertar a criatividade na invenção de formas, também o contato com a Terra ajuda na liberação das energias negativas. Aliás, ir à praia no verão é tudo de bom! Na verdade entramos em contato com os quatro elementos: Água, no mar; Terra, na areia e no sal do mar; Fogo, no sol que queima violentamente no verão; e Ar, com a deliciosa brisa da praia. Não esqueça do protetor!

Brinquem com argila. Até poderia ser massinha de modelar, mas a argila é uma coisa bem mais primitiva e talvez por isto mais interessante. A argila nos põe em contato com a Terra e por isto é revigorante e uma bela terapia. Vocês podem fazer imagens de animais, deuses, potes, pratos. Não tente queimá-los em seu forno, pois os fornos de cerâmica são especiais para isto e chegam a uma temperatura de 1.000° C num processo que dura em torno de 7 horas, portanto os fornos de nossos fogões não são para esta tarefa. A dica para que as peças não rachem é amassar bem a argila antes de começar a trabalhar com ela, para que as bolhas de ar desmanchem. O motivo pelo qual a maioria das peças racham, é que a secagem da argila se dá através da evaporação, então as bolhas de ar internas, fazem com que a peça rache, para que elas possam sair. Faça peças pequenas, pois peças grandes exigem uma técnica de corte (com linha de nylon), ocagem (elas não podem ser maciças se forem grandes para não racharem) e depois “costura” da peça (não é costura com linha). A costura é uma técnica usada para grudar as duas partes da peça separadas para ocá-la e é feita com ferramentas específicas.

Ensine sobre coleta seletiva. Na idade escolar, é possível ensinar para a criança, o que é um lixo seco e o que é um lixo orgânico. O ideal é que se tenha dois lixos em casa, um para cada coisa. Na minha cidade não existe coleta seletiva, mas, mesmo assim é importante separar. Onde nós moramos, existem os papeleiros, que são pessoas que passam nas lixeiras recolhendo o que é reciclável para poder vender depois. Se o lixo estiver devidamente separado, eles não precisarão abrir os sacos e não ficará sujeira espalhada por sua rua. Eles pegarão as garrafas pet, os papéis e latas de alumínio, e não vão mexer nos outros que contém restos de comida e outras coisas. Tente fechar bem, e colocar em local adequado, para que os animais não peguem. Além de eles espalharem a sujeira, podem ingerir coisas estragadas e objetos cortantes.

Caminhem juntos (as) com os pés no chão. Nós, que moramos na praia, temos o privilégio de poder caminhar na beira do mar de pés descalços. Mas se vocês não moram na praia, podem caminhar descalços num gramado, por exemplo. Isto nos põe conectados diretamente ao elemento Terra e alivia as tensões do dia-a-dia. Os adolescentes são muito suscetíveis a tensões, ansiedade e stress. Devido à mudança hormonal, geralmente fazem “tempestade com um copo de água”, como se diz. Ensine-o (a) a relaxar e a conectar-se com a Mãe Terra.
Façam um canteiro de ervas. Fazer um canteiro com ervas é uma atividade ótima para que sejam ensinados os valores benéficos e mágicos de cada planta. Se você já tiver um canteiro de ervas, talvez precise transplantá-las, ou mesmo colher para deixá-las secar. Para essas atividades, não hesite em convidar seu (sua) filho (a) para participar. Mostre suas formas, texturas, aromas, diga a ele (a) para que serve. Você pode ensinar-lhe uma erva por dia ou por semana. O importante é o contato com as ervas.

FOGO

Ensine-lhe a respeitar o fogo. O fogo é um elemento vivo de força purificadora, que aquece, traz luz e calor, porém pode também destruir. O fogo não deve ser manuseado por crianças. Para segurança das crianças durante os rituais, deve ser-lhes ensinado desde cedo a respeitar o fogo e manterem-se afastados.
Reúnam-se em frente à lareira. Os Antigos reuniam-se em torno da fogueira para contar estórias, dividir as suas crenças e para cantar. Hoje em dia temos o conforto de estarmos dentro de nossas casas e podermos desfrutar da lareira.

Diz Grimassi (2003),
Lareira é um símbolo do ventre e também um símbolo do clã. A lareira era o ponto focal da vida Pagã. A comida era preparada na lareira, a família passava um tempo diante dela, e em muitas culturas antigas os santuários ancestrais eram colocados sobre as lareiras. Dizia-se que os espíritos como os Lares ou Lasa encontravam-se na lareira. A Deusa Romana Vesta era uma divindade associada com a lareira e o lar, por isso ela era o símbolo da própria divindade dentro da chama viva. Na arcaica religião romana, a esposa do lar possuía o “espírito de Juno”, uma ligação ancestral que a unia com esta e outras forças Divinas.
Entre os gregos a deusa da lareira e do lar chamava-se Héstia.

Manter a chama da lareira acesa, era papel da mulher, pois a lareira era o centro da casa e o local onde o alimento era preparado e a água aquecida. Na minha casa não temos lareira, mas como no sul faz muito frio no inverno, temos fogão à lenha, que também serve.
Fazer um desejo e assoprar uma vela. Este é um hábito comum nas festas de aniversário. Creio que despensa maiores comentários.

AR

Façam bolhas de sabão. Fazer bolhas de sabão é muito divertido! Entramos em contato com o elemento Ar, pois as bolhas saem voando e podemos observar os caminhos do vento. Você pode também sugerir que a criança imagine que está soprando todos os seus medos, ou algum medo específico para dentro das bolhas, e assim elas levam embora este “companheiro” indesejável.
Pendurem fitas numa árvore. Pendurar fitas coloridas numa árvore também é uma forma de entrar em contato com o elemento Ar. Mas ao contrário das bolhas que levam o medo embora, as fitas podem levar pelo vento os pedidos de paz, saúde, prosperidade, amor, dependendo da cor da fita. Purifique e abençoe a fita com o pedido e depois amarrem-na juntos (as), e explique o desejo que aquela fita faz ao vento.

Rosa – amor
Amarela – prosperidade, abundância
Verde – cura, saúde
Branca – paz
Azul - harmonia
Vermelha - paixão

Façam um cata-vento. Fazer um cata-vento é uma atividade que também nos põe em contato com o elemento Ar. Você precisa de um quadrado de um papel bem resistente, e cortá-lo nas quatro pontas em diagonal deixando um centímetro antes de chegar no meio. Depois de cortar, pegue uma das pontas de cada parte (sempre a ponta do mesmo lado) e puxe para o meio, sem dobrar o papel. Você pode fixar com um percevejo na ponta de um lápis que tenha borracha. Está pronto seu cata-vento.

Soltem pipa. Soltar pipa é uma atividade muito divertida em que podemos claramente observar o movimento do Ar através dos movimentos da pipa e do seu rabo. É necessário apenas muito cuidado com o local onde vão empinar a pipa, por causa dos fios elétricos.

Bom divertimento!

Bençãos Dela.

Família Pagã



A Família Pagã - Parte 1

Assim como a Wicca vem crescendo, muitas crianças estão nascendo em famílias Pagãs e tendo suas bases religiosas e sociais fundamentadas no Paganismo.

Hoje temos uma nova geração de pequenos Bruxos que estão caminhando à vida adulta com uma consciência e realidade religiosa totalmente diferente daquela que muitos de nós recebemos quando crianças.

Um dos melhores aspectos da Arte é a possibilidade que temos de partilhar nossas práticas, nossos feitos e religião com as crianças de nossa família.

O Paganismo contribui substancialmente com seus valores e atitudes em prol da natureza e isso é um aspecto favorável para a instrução de uma criança em tempos modernos.

Os pais Pagãos criam seus filhos com conscienciosidade e amor a tudo. Os ensinamentos transmitidos à uma criança Pagã não devem ser unicamente religiosos. Estão incluídos em suas bases fundamentais o sentido de responsabilidade, prestatividade e amabilidade.

O racismo, preconceito, fanatismo e intolerância não são tolerados em uma casa Wiccana. Eles são contra a natureza e contra as nossas crenças e práticas.

Centramos nosso modo de vida no que acreditamos e fazemos, já que a Bruxaria é uma religião não só de pensamentos e ideais, mas também de ação.

Criar um filho dentro da religiosidade Pagã nem sempre é tarefa fácil em nossa sociedade atual e muitas vezes nos deparamos com pessoas que são contra isso e que nos perguntam: Por que deveríamos ensinar às nossas crianças os caminhos de vida Pagã?

As respostas são tão amplas quanto evidentes.

Quando ensinamos nossa religião às nossas crianças, lhes damos exemplos claros de liberdade e tolerância.

Acima de tudo a Wicca encoraja a responsabilidade social e ambiental e ensinar à uma criança fundamentos como não fazer mal à ninguém, o respeito ao seu próprio corpo, ao de outras pessoas e celebrar as diferenças entre os indivíduos só poderá fazer dela um futuro adulto que respeite a vida e entenda a noção de sacralidade da mesma.

Além disso, a aplicação da noção de auto-respeito em crianças faz com que elas não só aprendam a respeitar as diferenças entre pessoas, mas exaltar essas mesmas diferenças, entendendo o significado da diversidade cultural e a tolerância religiosa. Informações básicas providas enquanto pequena oferecerá uma base firme quando sua criança estiver pronta para seguir seu próprio caminho. A Wicca proporciona uma sensação de santidade da vida e a acessibilidade ao Divino e ensina a celebrar as diferenças que nos separam como indivíduos, em lugar de usá-las para discriminar outros.

Um Pagão sempre cria seus filhos com liberdade e conscienciosidade, sabendo que eles têm o direito de fazer suas próprias escolhas. Um pai pagão deve permanecer atento a este fato durante o tempo de responsabilidade pelo bem estar da criança e de sua instrução. Esperançosamente, a instrução de uma criança nos modos de vida Pagã irá ensiná-la a fazer escolhas responsáveis, inteligentes e educadas em sua vida. Esta instrução serve como uma forma de demonstrar que mesmo se elas procurarem por caminhos diferentes, terão nosso amor e apoio. Nós podemos lhes ensinar o amor, respeito, reverência pela natureza, e tolerância à todas as pessoas. Elas aprenderão a questionar, buscar, suportar e entender as coisas nas quais acreditem.

Nunca devemos esquecer que crianças aprendem de exemplos. Elas aprendem muito mais assistindo ao que fazemos do que ao que dizemos. Nós podemos lhes ensinar muito mais do que poderíamos esperar "fazendo", do que somente ensinando-lhes ou falando. Lembre-se que sendo um pai Pagão você sempre deve começar sendo um bom pai. Ensine suas crianças com carinho, respeite o espaço delas e sua individualidade como pessoa. Sempre lembre-as que iremos todos trilhar nossos caminhos individuais no mesmo planeta, por isso, precisamos aprender a respeitar diferenças individuais e viver juntos harmoniosamente.

Muitos pais Pagãos perguntam qual o melhor momento para transmitir os conhecimentos mágicos da Religião Antiga aos seus filhos e quando começar a treiná-los nos métodos de magia.

Qualquer criança que tenha luminosidade suficiente para fazer uma pergunta inteligente merece uma resposta semelhante. O simples responder de uma pergunta, não um curso inteiro de filosofia religiosa, é o primeiro passo para começar a educação consciente de um pequeno Pagão.

Crianças geralmente fazem perguntas para as quais elas precisam de repostas. Elas tem a misteriosa habilidade de decidir qual o tempo certo de começar o seu caminho espiritual. Elas não notam os artigos que têm ao redor de sua casa, a menos que estes artigos à atraiam e quando perceberem seus Instrumentos Mágicos é a hora ideal para explicar seu uso e significados.

Celebrações, atividades de Círculo, Sabbats, festivais e reuniões de Coven são exemplos adicionais de lugares onde podemos instruir nossas crianças. Podemos ensiná-las em qualquer lugar, contanto que nós as ensinemos com carinho. Sempre devemos ter certeza que não estamos dando mais informações do que elas são capazes de absorver, baseado na idade e maturidade da criança individualmente.

Deixe sua criança o guiar, respondendo simplesmente as perguntas que ela lhe fizer. Uma criança que pergunta por que acendemos velas verdes não quer um curso de rituais de velas, ela quer uma resposta simples à pergunta feita.

Elas devem ser criadas com a sensação de que a Magia é natural, faz parte do universo e que é a fonte de poder pessoal através da qual nós controlamos nossa vida e sendo assim nos tornamos mais ainda responsáveis por ela.

Para você que é um pai Pagão torne a vida de seu filho uma vida mágica, discutindo sobre a natureza, dando a ele a possibilidade de possuir um altar pessoal e discutindo as interpretações dos Mitos sagrados de nossa religião. Cante, dance, faça danças espirais com ele e seus amigos, celebre a vida demonstrando que a Deusa aprova todas as manifestações de alegria. Ensine-o a sentir o pulsar da Terra, a receber a energia das árvores, a entender o canto dos pássaros e as direções dos ventos. Ensine para ele os cânticos sagrados de nossa religião e celebre o seu aniversário com danças, rituais e cantos em homenagem aos Deuses e aos ancestrais. Ensine-o a viver em unidade e em integração com a natureza, honrando sua família e amigos.

E o mais importante, esteja com o seu filho, pois o maior e melhor presente mágico que você pode dar a ele é o seu tempo, carinho e atenção. Jamais se esqueça que o amor é a fonte da Magia!

Autoria: Claudiney Prieto

A Família Pagã -
Parte 2

A estrutura familiar pagã difere em muitos aspectos da cristã devido à diferença de crenças e conceitos que existe entre tais contextos religiosos. Enquanto numa família tradicional cristã falar sobre sexo é um tabu, dentro da família pagã esse é um assunto natural e necessário. A família pagã apesar de ser muito mais livre de preconceitos não é tão libertária como muitos imaginam. O respeito ao direito de escolha do outro é visado, mas a ética, a cidadania e a boa convivência social e familiar são exigidas.

SEXO - Os pais pagãos devem adaptar-se as crenças e conceitos pagãos e serem capazes de eliminar seus preconceitos, normalmente vindos de uma criação cristã, para saber lidar com seus filhos e lhes passar a “moral e bons costumes” de acordo com o PAGANISMO . Conversar sobre sexo e a sexualidade deve ser uma coisa natural, sem amarras, preconceitos e punições pelo que quer que seja. Os filhos precisam entender a beleza e sacralidade por trás da sexualidade, compreendendo suas responsabilidades quanto à preservação dos sentimentos e da saúde. Precisam ler livres em suas escolhas de parceiros, incluindo nisto o direito a liberdade de gêneros, precisam ter responsabilidade e conhecimento total sobre doenças transmissíveis, gravidez e afins.

UNIDADE FAMILIAR - Os pais pagãos devem ensinar os filhos a terem respeito e darem valor à família, respeitando os mais velhos, respeitando o casamento ou compromissos assumidos com as pessoas, precisam celebrar juntos, auxiliar uns aos outros e respeitar as diferenças. Numa família pagã não deve existir a imposição de conceitos ou crenças, tudo deve ser conversado, explicado e deve-se dar o direito de escolha a todos. É extremamente importante que aqueles da família que seguirem a mesma religião celebrem juntos e auxiliem uns aos outros. Além disso, os pais devem se comprometer e muito com a educação dos filhos fazendo o possível para que eles criem discernimento para tomarem suas decisões com sabedoria.

CHEFE DE FAMILIA – Enquanto na família cristã o chefe de família é o homem, na família pagã não há o chefe de família, mas os chefes. Ambos, pai e mãe, são responsáveis pela manutenção da casa e criação dos filhos não existe essa coisa de “lugar de mulher é na cozinha”. Assim como não é responsabilidade apenas do homem em manter financeiramente o lar. Os filhos precisam ser criados sem machismos ou feminismos exagerados, eles precisam compreender que o casal tem responsabilidade sobre o lar e que o casamento representa uma unidade, uma troca, companheirismo em todas as áreas. O pai não deve jamais tirar o poder da mãe sobre os filhos e vice versa. Antes de permitir ou negar qualquer coisa aos filhos os pais devem decidir e dar uma opinião única. Assim não haverá preferência e tão pouco a criação de estruturas como “Minha mãe é boazinha e meu pai é um carrasco”.

CASAMENTO – Assim como nos outros modelos familiares o casamento é sagrado, representa o compromisso entre duas pessoas com a intenção de formar uma família. O casal deve ter responsabilidade e serem verdadeiros para com seu casamento, devem buscar formas de manter o casamento feliz e estável e não permitir que influências externas desequilibrem suas emoções e comprometimentos. Os filhos não devem se meter no casamento dos pais, mas quando se sentirem desconfortáveis com algo eles devem conversar com eles, assim como é essencial que os pais sempre conversem com os filhos sobre tudo que for possível em relação ao seu casamento. Para que assim os filhos tenham condições de compreender melhor o que o casamento significa para que possam tomar boas decisões no futuro.

MANUTENÇÃO DO LAR – Esta responsabilidade cabe tanto aos pais quanto aos filhos, limpar, organizar, preservar. Os filhos precisam aprender desde novos a ter responsabilidades em casa, como lavar suas roupas e louças sujas, arrumar seus quartos, fazer deveres de casa e etc. Os pais também precisam assumir suas responsabilidades com a LIMPEZA , manutenção, consertos, alimentação, celebrações e afins. Um lar é formado por toda a família que vive nele e não apenas por alguns indivíduos.

Fonte: Dayne Anglius - Família Old Religion

Nove motivos para educar seu filho como pagão

Para você que não está convencido de que educar seu filho ou filha para ser pagão é o mais correto a ser feito, veja nove motivos que eu encontrei.

1 – Os pagãos honram e respeitam a natureza.

Sendo assim, provavelmente o seu filho será uma criança com uma consciência ecológica mais forte do que as demais e poderá ensinar coisas a outras crianças.
2 – Os pagãos acreditam na lei tríplice.

Portanto, seu filho aprenderá a pensar muitas vezes antes de fazer mal a alguém e saberá que se alguém lhe fizer ou lhe desejar o mal, receberá o seu retorno.

3 – Os pagãos respeitam os anciãos.

Sabemos que valorizamos os idosos pela sua vida e sabedoria, assim, as crianças aprendem a respeitar os mais velhos assim como o aspecto de anciã da Deusa.

4- Os pagãos prezam pela saúde física, mental e espiritual.

Como vocês devem saber, para lidar com magia, devemos estar o mais saudável possível para que o nosso corpo esteja em perfeito equilíbrio. Assim, crianças pagãs aprendem com seus pais a importância de exercícios físicos, alimentação saudável, bons pensamentos e conexão com a Mãe.

5 – Os pagãos gostam de aprender.

Em geral, os pagãos têm sede de conhecimento e gostam de saber sobre assuntos diversos. Assim, seus filhos saberão falar e sempre estarão informados sobre os mais variados temas, pois o convívio com pais cultos é o maior aprendizado. Minha filha já adora os livros e ainda está aprendendo a ler.

6 – Os pagãos respeitam toda a forma de vida.

Por entender que toda a forma de vida é parte do corpo da Mãe, os filhos de pais pagãos aprenderão a respeitar as pessoas, animais, vegetais e até mesmo os minerais que também são organismos vivos.

7 – Os pagãos acreditam na magia.

Ao acreditarem em magia automaticamente crêem em outros conceitos como o poder das palavras, o poder da energia, etc. Filhos de pais pagãos sabem que devem tomar cuidado com as palavras e principalmente com os desejos.

8 – Os pagãos respeitam a diversidade.

Sendo assim, as crianças pagãs serão desprovidas de preconceitos por saberem que a beleza da vida está na diversidade e que ser comum não nos faz especiais.

9 – Os pagãos são sintonizados com os ciclos.

Estando sintonizadas, as crianças pagãs aprenderão que a vida é feita de ciclos e será mais facilmente entendido o conceito de Vida-Morte-Vida e principalmente saberão respeitar a si mesmas e a fazer tudo ao seu próprio tempo.