terça-feira, 26 de maio de 2015

Lidando com as Deidades


Como lidar com as Deidades, ou seja, como devemos nos portar diante dos Deuses, seja na hora de convidá-los para o círculo, para algum ritual, para uma oração, encantamento, enfim, é um texto base de como deve ser a nossa postura diante Deles.


Levando em conta que somos reflexos dos Deuses e que eles também são o nosso reflexo, não é de estranhar que eles tenham uma certa dose de fraquezas. Embora não sejam fraquezas do tipo que você possa imaginar, a verdade pura e simples é que eles gostam de ser louvados. Adoram ser entretidos. Amam convites formais para rituais e simplesmente adoram uma boa dose de bajulação. Mas tudo isso não é tão ruim assim! Nós também adoramos todas essas coisas.
Por isso é importante frisar que, quando lidamos com os Deuses, devemos dar a eles somente o que é do seu agrado. Afinal, como é que você pode esperar ser ajudado por alguém que não sabe o quanto você o aprecia? Pense bem a respeito disso e procure demonstrar o seu apreço.
Eis o trato: você não só deseja que os Deuses se alegrem ao ouvi-lo, mas também quer que o ajudem na hora em que precisar. E para isso é necessário que alguma forma de fascínio esteja atuando. Você precisa então de alguma coisa que os atraia e os fascine. Mas não precisa ser muita coisa! E a melhor tentação que conheço é certamente uma invocação apropriada ou um canto escrito em dísticos.

Os dísticos - uma forma de poesia na qual as duas últimas palavras, em cada par de versos, rimam - são fáceis de escrever. Você não precisa ser um poeta para isso nem precisa ter talento para a escrita. Tudo o que é necessário consiste em papel, algo para escrever, alguma ideia e um pouco de esforço. (E um bom dicionário de rimas por perto!) Ao trabalhar, por exemplo, com tentativas de proteção, você pode simplesmente dizer algo assim:

Deusa graciosa, proteja-me de todo mal visto e não visto!

No entanto, quando esta frase é trabalhada na forma de dístico, o requerente talvez possa ler algo assim:

Ó graciosa Deusa, ouça o meu pedido.
Proteja-me de todo mal conhecido e desconhecido!

O procedimento é muito simples. E a "simplicidade" é a chave para se compor dísticos de forma efetiva. Eles não precisam ser rebuscados e funcionam de maneira satisfatória por mais simples que sejam. Porém, lembre-se de não deixar que as palavras e as ideias o dominem. Pois o objetivo aqui consiste em fascinar e divertir. E não há nada mais divertido do que um ou dois versinhos!
Ao contrário de algumas deidades cultuadas por outros grupos religiosos, as nossas possuem um grande senso de humor. Elas adoram rir e brincar. E também gostam de vez por outra presenciar uma situação divertida, especialmente quando o episódio acontece com o outro. Eis por que você não deve ficar constrangido ou se envergonhar se, na hora de dizer uma invocação previamente ensaiada, começar a gaguejar. Encare a situação com todo o seu humor e siga em frente. Isto não servirá de obstáculo à sua magia e os Deuses continuarão amando-o da mesma maneira que antes. Talvez até um pouco mais.
 (A Arte, da autora Dorothy Morrison.)

Uma coisa que é importante salientar sobre os dísticos, é que eles dão o clima. Quando a invocação é feita em dístico, a mágica flui mais fácil, a atmosfera do lugar se torna mais propícia para que tudo dê certo. Seu ritmo nos transporta para outras dimensões e também são um ótimo caminho para que consigamos entrar em Alpha. Além disso tudo, eles são o caminho mais rápido para que seu encantamento dê certo e não se perca na hora!

Junior Nonato