quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Bruxaria: Uma Religião de Poesia, não de Teologia



"Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo." - Hermann Hesse
 

A palavra “Bruxa” possui tantas conotações negativas que varias pessoas perguntam por que usamos.
No entanto, recuperar a palavra “Bruxa” é recuperar o nosso direito, como as mulheres, de sermos poderosas; de conhecer o feminino presente no divino. Ser uma Bruxa é estar identificada com noves milhões de vitimas do fanatismo e do ódio e de sermos responsáveis por moldar um mundo no qual o preconceito não faça mais vitimas. Uma Bruxa é uma “moldadora”, uma criadora que dá forma e, portanto, torna-se uma sábia, cuja vida está impregnada de magia.

Contudo, para os Bruxos e Buxas, a Bruxaria, não passa de uma forma de vida, e esta é encarada como o culto à Deusa e ao Deus. Ela é caracterizada pela liberdade de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, mas, entre elas existem muitos elementos em comum que podem ser apresentados.

Em diversas tradições de diversas partes do mundo e em diferentes épocas, encontramos a Bruxaria, acredita-se que desde a pré-história já se utilizava da Bruxaria como forma de vida. Desde os primórdios da Humanidade, o Homem temeu o poder do ar, da água, da terra e do fogo. Trovões, chuvas, vendavais, o mistério do fogo e da fertilidade da terra eram forças inexplicáveis que provinham de "deuses", de uma força além do alcance do Homem. O Homem integrou-se à Natureza. Precisou caçar, plantar, procriar. Entendeu que havia épocas de frio, de calor, em outras a semente germinava e o fruto amadurecia. O sol trazia calor, os ciclos da lua refletiam-se na Mulher. Do mistério do desconhecido e das forças da Natureza influenciando a vida dos homens surgiram as crenças em algo que transcendia a própria existência, na interação entre o Homem e algo muito maior.

A Bruxaria sempre foi uma religião de poesia, não de teologia.
Os mitos, as lendas e os ensinamentos são compreendidos como metáforas “Aquilo –Que-Não-Pode-Ser-Dito”, a realidade absoluta que as nossas mentes limitadas jamais conseguem aprender completamente. Os mistérios do absoluto nunca podem ser explicados, somente sentidos ou intuídos.

Quando falamos “dos segredos que não podem ser ditos”, não estamos querendo dizer, meramente, que regras nos impedem de nos expressarmos livremente. Queremos dizer que a sabedoria interior, literalmente, não pode ser expressa em palavras. Ela só pode ser transmitida através da experiência e ninguém pode determinar o que a outra pessoa poderá vir a ter de qualquer que seja a experiência.

A Antiga Arte retira os seus ensinamentos da natureza e inspira-se nos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas, no vôo dos pássaros, no lento crescimento das arvores e nos ciclos das estações.

Quero compartilhar este texto retirado do livro A Dança Cósmica das Feiticeiras

“Se aquilo que busca não está dentro de você, nunca achará fora de si.”

“Quando necessitar de alguma coisa, uma vez no mês, e é melhor que seja quando a Lua estiver cheia, deverá reunir-se em algum local secreto e adorar o meu espírito que é a rainha de todos os sábios.
Você estará livre da escravidão e, como um sinal de liberdade, apresentar-se-á nu em seus ritos.
Cante, festeje, dance, faça musica e amor, todos em minha presença, pois meu é o êxtase do espírito e minha também é a alegria sobre a terra. Pois minha lei é a do amor pra todos os seres.
Meu é o segredo que abre a porta da juventude e minha é a taça do vinho da vida, que é o caldeirão de Ceridwen, que é o gral sagrado da imortalidade.
Eu concedo a sabedoria do espírito eterno e, além da morte, dou a paz e a liberdade e o reencontro com aqueles que se foram antes.
Nem tampouco exijo algum tipo de sacrifício, pois saiba, eu sou a Mãe de todas as coisas e meu amor é derramado sobre a terra”


Assim sempre foi
Assim sempre será
E que o circulo nunca se rompa!!!

Selma Nascimento

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Magia das Saias



“No mundo antigo, a roupa era mais do que algo que cobria o corpo. Tinha uma marca… um cheiro, uma magia.”

Saias... porque saias nos círculos do Sagrado Feminino?
O altar da mulher é seu útero... é seu... templo sagrado que lhe acompanha desde sempre, onde está toda a sua força, sacralidade e magia... de onde brota a vida. E é seu tempo sagrado, pois não há nesse caso a dimensão do tempo como passado/futuro/presente, há apenas o sempre.
É também onde se concentra a memória da mulher... seus registros com tudo e todos com o qual se relacionou...
 
É onde também se concentra a força de todas a nossa ancestralidade, não a minha ou a sua, mas de "toda a nossa" ancestralidade... da mesma forma que a terra é uníssona, uma força que jorra vida sem fim, somos uníssonas e jorramos vida em fim.
 
As árvores, sobre a terra, se ligam sob a terra pelos veios de água subterrâneo... e esse veio em nós é o nosso útero, que une e torna as mulheres uníssonas, umas com as outras, e com a terra.
E o uso da saia nos faz ter esse fluxo liberado...sem amarras, sem represas...

E um detalhe... no mundo antigo, até os homens usavam saias. Devido ao advento da montaria, necessária para percorrer grandes distâncias para caça e guerra, começaram a se proteger devido aos carrapatos das montarias que se alojavam em seus pelos pubianos...e aí surgiram as calças... que não veio por uma questão de masculinidade, e sim para proteção... e como eram os homens que na maioria dos casos saíam dos acampamentos para as guerras e caçadas, tornou-se uma indumentária masculina.
 
E

No mundo antigo, a roupa era mais do que algo que cobria o corpo.
Tinha uma marca… um cheiro, uma magia.
As mulheres se vestiam com verdadeiros talismãs…
Construir uma veste com uma intenção, a transforma em talismã…
Talismãs fortalecem desejos…
Qual o seu desejo?

Carmem K'hardana

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Eros e Psiquê

























Uma das lendas mais belas e conhecidas da mitologia grega é a de Eros e Psiquê. O conhecimento geral da lenda se dá pela figura bastante difundida do anjo Eros (ou Cupido). Eros era filho da deusa do amor, Afrodite, um imortal de beleza inigualável.

Já Psiquê, mortal, era uma das três filhas de um rei, todas muito belas, capaz de despertar a admiração de qualquer pessoa, tanto que muitos vinham de longe para apreciá-las. Logo, as duas irmãs de Psiquê casam-se. Apenas a jovem não casa, ainda que seja a mais bela das três, e justamente por isso era a mais temida, já que sua beleza fazia seus pretendentes terem medo. Consultando os oráculos, os pais da jovem entristeceram-se pelo destino da filha, já que foram aconselhados a vestirem-na com trajes de núpcias e colocarem-na num alto de um rochedo para ser desposada por um terrível monstro! Na verdade, tudo fazia parte de um plano da vingativa Afrodite, que sofria de inveja da beleza da moça.

Assim que a jovem foi deixada no alto do rochedo, um vento muito forte, Zéfiro, soprou e a levou pelos ares e ela foi colocado em um vale. Psiquê adormece exausta e quando acorda parece ter sido transportada para um cenário de sonhos, um castelo enorme de mármore e ouro e vozes sussurradas que lhe informavam tudo que precisava. Foi levada aos seus aposentos e logo percebeu que alguém a acompanhava e logo descobriu que era o marido que lhe havia sido predestinado, ele era extremamente carinhoso e a fazia sentir bastante amada, mas ele havia colocado uma condição, que ela não poderia vê-lo, pois se assim o fizesse o perderia para sempre. Psiquê concorda com a condição e permanece com ele. O próprio Eros, que tinha sido encarregado de executar a vingança da mãe, se apaixonara por Psiquê, mas que tem de se manter escondido para evitar a fúria de Afrodite.
Com o passar do tempo, ela se sentia extremamente feliz, porque seu marido era o melhor dos esposos e a fazia sentir o mais profundo amor, mas resolve fazer-lhe um pedido arriscado: o de ir visitar seus pais, mesmo com a advertência dos oráculos e o temor do esposo, ela insiste, até que ele cede.

Da mesma forma que foi transportada até o seu novo lar, Psiquê vai até a casa dos pais. O reencontro gera a felicidade dos pais e a inveja das irmãs, que enchem-na de perguntas sobre o marido, e ela acaba revelando que nunca vira seu rosto. Elas acabam convencendo-na que ela deveria vê-lo e ela se enche de curiosidade.

Quando a noite chega e ela retorna à casa, o coração dela está totalmente tomado pela curiosidade, então ela acende uma vela e procura ver o rosto do marido.
Ela fica totalmente extasiada e encantada pela beleza estonteante do marido oculto, Eros, que teria feito esse pedido para que a esposa se apaixonasse pelo que é e não pela sua beleza. Psiquê ficou tão deslumbrada pela visão do esposo que não percebeu que uma gota da cera da vela pinga no peito do amado e o acorda assustado. Ele, ao ver que ela tinha quebrado a promessa, a abandona.

Sozinha e infeliz, Psiquê começou a vagar pelo mundo. Passando, assim, por vários desafios e sofrimentos impostos por Afrodite como uma vingança por ela ter ferido o seu filho, a jovem luta  tentando recuperar o seu amor, mas acaba entregando-seà morte, caindo num sono profundo. Ao vê-la tão triste e arrependida, Eros, que também sofria com a ausência da amada, implorou a Zeus que tivesse misericórdia deles. Com a concessão de Zeus, Eros usou uma de suas flechas, despertando a amada, transformando-a numa imortal, levando-a para o Olimpo.
A partir daí, Eros e Psiquê nunca mais separaram-se. O mito de Eros (o amor) e Psiquê (a alma) retrata a união entre o amor e a alma.

Em grego "psiquê" significa tanto "borboleta" como "alma". Uma alegoria à imortalidade da alma, simboliza também a alma humana provada por sofrimentos e aprovada, recebendo como prêmio o verdadeiro amor que é eterno.

Eros significa "desejo incoercível dos sentidos". É o Deus do Amor, o mais belo entre os deuses. É um Deus de natureza mutável, que tira os sentidos e o juízo tanto dos mortais quanto dos imortais. É uma força agregadora, poderosa e assustadora.

Platão, em O Banquete, descreve Eros como um demônio. Com isso ele quer dizer, que Eros é um intermediário entre os deuses e os homens e, como o deus do Amor está a meia distância entre as pessoas. Ele preenche o vazio, tornando-se, assim, o elo que une o Todo a si mesmo.
Eros é a energia do Amor, é uma força propulsora que move o mundo, mas que nunca se satisfaz. Sempre inquieto busca a satisfação de sua carência na plenitude.

O interessante nesse mito é que o Amor amadurecido somente vem a nós quando o perdemos. Perder um grande amor faz com que nos voltemos para nosso interior em busca de compreensão. A dor e o sofrimento pela perda do amor são grandes impulsionadores do processo de individuação.
Pois o perder-se alguém no amor é uma espécie de morte, a morte de uma existência puramente centrada no ego. Assinala uma fase nova na nossa evolução para um centro transcendente (NICHOLS, 2007).

O ego sempre busca a divisão, a separação. Dividimos-nos em classes sociais, sexo, cor, idade, profissão, etc. O Amor busca a união dos diferentes, busca um centro unificador não mais com a inconsciência do Caos primitivo de onde ele provém, mas uma união com consciência.
Ao nos entregarmos ao Amor, encontramos nossa parte reprimida e inconsciente no outro.

Fonte:KERÉNYI, C. Os Deuses Gregos. Trad. O.M. Cajado. São Paulo: Cultrix, 1993.
SOUSA, E. História e Mito. Brasília: Ed. UnB, 1981.

Por Ana Paula de Araújo

Fonte: BRANDÃO, J. S. – Mitologia Grega – vol I. Petrópolis: Vozes 1986.
NICHOLS, S. Jung e o Tarot – Uma jornada arquetípica. São Paulo: Cultrix, 2007.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Porque feminismo, é o direito à escolha!


Pelo retorno de Héstia

Somos a geração de mulheres (e homens) que não podem mais ter tempo livre: estamos sempre a remarcar o café com as amigas e a salvar nos favoritos as receitas sem glúten que nunca testamos, postergamos a caminhada relaxante no final do dia e deixamos secar as suculentas e violetas que não temos tempo de regar, marcamos “tenho interesse” em inúmeros eventos de lazer que raramente conseguimos comparecer e nos esforçamos para não esquecer dos livros de poesia que um dia, quando sobrar tempo, tentaremos ler.

Essa é a condição da mulher contemporânea (e do homem contemporâneo, claro!) que passou a ver como única condição para a sua existência o acúmulo de títulos, cargos e cursos. Ora estamos pressionados a buscar com obstinação o alcance de uma vaga de emprego “estável”, ora estamos comprimidos na severa linha de produção acadêmica. Mediante tamanha exposição a ideologia do sucesso individual e incitação a competição, assistimos com medo a nutrição de nossas sombras egoístas e invejosas. Enquanto nossos objetivos não são alcançados recebemos com receio as atualizações dos nossos contatos no linkedIn e acompanhamos com ansiedade o lattes de nossos concorrentes em concursos que se quer foram lançados.

Estamos todas imersas (submersas e nos afogando!) nesse cenário que apesar de se apresentar como sinônimo de emancipação e libertação tem nos colocado sob um regime de escravidão. Para cumprir as metas impostas por esse sistema estamos negligenciando nossos ciclos, forçando nossos limites pessoais e adiando para a aposentadoria o nosso almejado contato com a arte, com o lúdico, com outras mulheres, com a natureza e com tudo aquilo que representa o prazer e o bem-estar em nossas jornadas. Na medida em que uma atividade não avoluma nossas contas bancárias ou não estica nossos currículos ela é imediatamente alvo de julgamento e repressão. Como consequência desse fenômeno, alojamos em nossos ombros o peso da culpa e seguimos dizendo sim a essa sociabilidade cruel que em troca do nosso sangue e da nossa essência, oferece a promessa do sucesso individual. Estamos todas no mesmo barco, ele está afundando e o nosso socorro virá somente no dia em que Héstia retornar ao governo de nossos lares-corações.

Héstia é a deusa que tem como símbolo o círculo, a deusa da lareira que mantinha acesa a chama nos lares, templos e cidades gregas. Sua presença era solicitada sempre que se fazia necessário o aquecimento ou a consolidação de uma lar e o estabelecimento do compartilhar nas relações. Héstia possuía qualidades essenciais que podiam ser honradas com fluidez pois ela não se deixava perturbar por influências e coerções externas. Em um momento em que nos encontramos afastadas dos caminhos dos nossos corações e que constatamos nosso compartilhar sendo substituído pelo competir parece fundamental acolhermos a presença arquetípica de Héstia.

A presença de Héstia nos auxilia a mergulhar em nosso interior e a reacender a intuição para que nosso foco seja direcionado para a plenitude de nossas essências individuais e não para as pressões que vem de fora. Héstia representa a mulher que imersa na organização de seu lar entra em profunda meditação e estado de harmonia. A mulher sob a presença de Héstia cuida dos detalhes de seu quintal ao mesmo tempo em que rega seu jardim interno. Nesse momento ela esta sob o domínio da paz interior e o tempo que corre agitado lá fora, ali no seu lar-coração já não existe mais. A mulher que nutre sua Héstia e aquece seu lar com amor não o faz para agradar alguém mas como uma forma de cuidado íntimo consigo.

Héstia enquanto protetora da lareira não é uma deusa de grandes causas ou com uma personalidade reconhecida, ela se sustenta em seu anonimato e na alegria interior de reinar sobre seu lar e sobre si mesma. A mulher que cultiva o arquétipo de Héstia permanece inabalável em relação a pressão para aquisição de bens, títulos ou prestígio. Ela simplesmente é e sua vida simples é plena de significados, sentidos e a conecta ao todo. A desvalorização de Héstia afasta a mulher do seu centro de paz interior e da sua capacidade de ser absorvida pelo tempo, de perder-se nele realizando algo que lhe dá prazer e que pacifica sua alma.

Convocar Héstia para o nosso cotidiano nos ajuda a nos desapegarmos das cobranças e olhares externos, da opressão do relógio e das metas exteriores que nos são impostas diariamente. Convidar Héstia para nos possuir significa meditar através do cuidado diário e afetivo com uma planta ou com um animal, significa entregar-se a preparação de um jantar ou desprender amor a organização de uma estante de livros. Héstia nos estimula a entregar nosso tempo a nós mesmas, aos nosso anseios mais íntimos e as pequenas coisas que nos dão prazer.

A participação da mulher no mundo do trabalho e na produção do conhecimento são conquistas louváveis e consequências de lutas e engajamentos importantíssimos. No entanto, é preciso repensar a forma como nos apropriamos dessas conquistas. Temos realizado a entrega irrestrita do nosso tempo a caminhos que muitas vezes não condizem com os caminhos do nosso coração e aceitado jornadas que nos são ditadas por fatores externos e que fortalecem e perpetuam ideologias com as quais não concordamos.

A competitividade e a busca por notoriedade e triunfo vem fazendo com que as mulheres se omitam em relação as suas aspirações particulares mas sinceras e também com que se afastem umas das outras, deixando que se dissipe a riqueza e a sacralidade do tempo feminino compartilhado. Convoquemos Héstia para nos amparar enquanto afirmamos para esse sistema que podemos considerar nosso lar o nosso reino, que ele pode ser constituído somente por nós mesmas e ainda assim, estaremos realizadas.

Que Héstia nos ampare enquanto proclamamos que podemos estar plenas em uma carreira profissional proeminente mas também temos o direito de nos contentar com carreiras anônimas, ter salários modestos e uma vida simples que nos proporcione tempo livre para realizarmos tarefas que aqueçam nosso coração e façam o relógio sumir. Lutemos para que nossas lareiras estejam sempre protegidas e o fogo em nossas almas sempre aceso. Lutemos para que nossos desejos mais íntimos sejam ouvidos e não mais substituídos pelas necessidades alheias. Lutemos pelo fim de nossa rendição a esse sistema sufocante que esfria nossos corações e perturba nossas mentes. Lutemos pelo retorno de Héstia.

Talita Do Lago Anunciação

O Bom da Vida é ser FELIZ !

               

O futuro pode ser planejado, desejado, repleto de metas a serem alcançadas e, ainda assim, sempre será incerto, improvável, impossível de ser previsto com exatidão. No entanto, desejar e lutar por um amanhã melhor e mais feliz nos faz bem, alimentando nossas forças em sempre querer continuar, inesgotavelmente, haja o que houver. Nessa jornada, devemos estar seguros quanto ao que idealizamos, bem como quanto ao ontem e aos lugares a que não poderemos mais voltar, para nossa própria sobrevivência. Há lugares para onde nunca mais devemos voltar. Jamais.

Não volte aos mesmos erros, aos conhecidos descaminhos, mas reaprenda com cada tombo, superando as próprias falhas e lidando saudavelmente com as limitações que todos temos. O ontem deve permanecer lá atrás, ancorando nosso aprendizado contínuo, de forma a redirecionarmos nossas energias em direção a acertos que nos tornarão cada vez mais humanos e mais felizes.
Não volte ao lar que já se desfez, ao colo que não acolhe, ao vazio solitário de uma companhia dolorida. Devemos ter a coragem de colocar um ponto final em tudo aquilo que nos enfraqueceu e nos diminui, tolhendo-nos a tranquilidade de um respirar livre. O nosso caminho deve ser transparente e leve, sem pesos inúteis que atravancam o nosso ir em frente.

Não volte às promessas quebradas, ao relacionamento fracassado, que em nada acrescentou na sua vida, ao incessante dar as mãos ao vazio, ao compartilhamento unilateral, ao doar-se sem volta. Todos merecemos nos lançar ao encontro de alguém verdadeiro e que seja repleto de recíprocidade enquanto se dividem os sonhos de vida. Todos temos a chance de encontrar uma pessoa que não retorne menos do que doamos, que não nos faça sentir a frieza da solidão acompanhada.
Não volte aos amigos hipócritas, às pessoas que se baseiam em interesses escusos para permanecerem ao seu lado. Amizade deve ser soma, gargalhada, brilho nos olhos e ritmo no coração. Caso não nos faça a mínima falta, caso não nos procure sem razão, nenhum relacionamento pode ser tido como verdadeiro. É preciso poder contar com alguém que permaneça ao nosso lado, mesmo após conhecer nossas escuridões, pois é essa sinceridade que sustentará nossos ânimos nas noites frias de nossa alma.

Não volte ao emprego desumano, que achata os sentidos, não reconhece seu valor, apenas criticando e pedindo sempre mais e mais, sem lhe dar nada em troca. Procure uma ocupação onde os minutos não pareçam uma eternidade, onde obtenha reconhecimento, onde possa atuar como personagem principal da própria vida. Não abra mão daquilo que você é, daquilo em que acredita, ou ninguém reconhecerá a grandeza que possui dentro de si.

Sim, não há como prever o futuro, tampouco controlá-lo. Cabe-nos cuidar do nosso aqui e agora com todo o cuidado que o hoje merece, para que diariamente preparemos, aos poucos, um caminho menos árduo, um amanhã que dê continuidade aos nossos esforços em sermos felizes. Agirmos refletidamente, enfim, nos poupará de atravessar caminhos tortuosos e solitários, sob lamentações e arrependimentos. Porque, tendo plantado paixão verdadeira, tendo cultivado relacionamentos sinceros, colheremos, certamente, sorrisos e abraços de gente de verdade, gente com a intenção de ser feliz bem juntinho, sempre!
 
Marcel Camargo

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Amar uma Bruxa!



Amar uma bruxa não é fácil. Talvez seja por isso que muitas de nós ficamos sozinhas durante anos sem relacionamentos ou sofremos de relação a relação até que encontremos uma alma em que nos sentimos totalmente aceitas. Amar uma bruxa não é fácil, porque ninguém está preparado para isso, e ninguém pensa que um dia vai ser imerso em uma relação mágica, realmente.
Não é fácil, porque nós trazemos conosco a memória de milhares de histórias de amor do passado e do nosso coração bate com a força de um milhar de vidas, de modo que a intensidade dos nossos sentimentos e o que esperar dos outros, por vezes, assustador. Não é fácil, porque enquanto outras mulheres são símbolos de amor, nós somos o próprio. Sonhos e ambições dos outros, para nós são prisões. Não é fácil, porque esperamos que nos amamos melhor a cada dia, como nós esperamos de nós mesmos.
Ousar amar uma bruxa deve estar disposto a entregar tudo o que sempre pensei que era amor. Uma bruxa vai estar ao seu lado como cúmplice, como uma companheira e amante partilhando três vidas. A tua, a dela e que irão construir juntos. Você nunca chegará a todo o centro do seu coração, porque esse lugar pertence somente a ela. Uma bruxa nunca será dada completamente a outra pessoa, porque ele sabe sua verdadeira essência é só dela. Uma bruxa nunca perderá a sua identidade ou fingirá ser outra pessoa em troca de amor. Leva para os segredos do vento da noite, o mistério da lua sobre o visual e ritmo de terra em seu coração, como você pode querer ser outra se ela já tem tudo? Se um homem não é capaz de ver a eternidade no sorriso de uma bruxa, ele nunca poderá compreender plenamente a imensidão do seu amor.
O amor de uma bruxa removerá seu mundo, irá retirar anos de equívocos e fazer você enfrentar com o que se encontra no fundo de si mesmo, você vai olhar para os olhos do espelho para descobrir o que é que ela vê quando ela olha . Ele vai fazer você dançar ao som das mais antigas do mundo e você vai se lembrar que não é a primeira vez que estes passos não danças esquecido e não é a primeira vida onde encontrá-lo. Amar uma bruxa vai abrir a porta para mistérios que nunca imaginou encontrar, mas sempre esperou para ser descoberto.
Quando uma bruxa te ama você sabe o que a total confiança. Nunca vai mentir. Ela nunca engana porque iria enganar e mentir para sua própria alma. Se uma de nós te ama, você pode sentir-se afortunado porque não há mais limpo, puro e honesto que o amor de uma bruxa. Mas esperamos o mesmo! As mentiras, falsidade, traição ... matam todo o sentimento de que poderíamos ter para você. Nós sofremos e sentimos uma dor profunda, mas sabemos como curar e seguir em frente.
Você deve lembrar que estamos conectados com a Terra e seus ciclos, de modo que nem sempre nos comportamos da mesma forma, somos ondas. Às vezes, o ar irá mover-nos de um projeto para outro e você vai achar que é difícil de seguir. Às vezes as idéias atravessar a sua mente tão rápido que apenas, uma outra mente rápida e curiosa pode continuar a nossa conversa. Às vezes, o fogo nos consumirá paixão ou explodimos como vulcões ao que consideramos injusto. Provavelmente a nossa raiva é difícil de cara, porque alguém não pode ser medido com a ira de uma bruxa.
Às vezes a água imergir-nos em tempos de silêncio e melancolia, ainda parecem mais difíceis para chegar até nós, mas quando emergir do mar de nossas emoções, vamos te amar ainda mais porque os nossos sentimentos são ainda mais clara. Às vezes parece que a terra faz-nos preocupar mais que o normal para o material, mas apenas estar criando raízes profundas para liquidar a casa que nós juntos no tempo e no futuro.
Talvez uma noite de amor a bruxa não possa ficar com você, mas estará onde possam ficar dançando sob a lua cheia ou a explorar a escuridão da lua escura. Porque quando uma bruxa se apaixona ele sabe que essa união foi forjada por sua alma e seu tempo antes do nascimento, por isso você pode ter certeza que você vai voltar para o seu lado. E vai mais completa, mais feliz, bruxa e mais apaixonados do que nunca.
Se você ama uma bruxa que você escolheu para compartilhar sua vida com uma pessoa livre, que, a partir de sua liberdade, irá compartilhar seu mundo com você. Então você deve saber que se um dia ela deixar de amar você, será sem jogos e mentiras amorosas. Não haverá engano. Bruxas conhecem bem o poder do amor, a força que dá vida a compartilhar com alguém que o leva a ser a sua melhor versão e se atrevem a realizar seus sonhos com a certeza de que alguém vai acreditar em você. Ser amado neste mundo cada vez mais solitário é um dom que nós estimamos e apreciar que não se destina a todos. Portanto, se alguma vez ele termina, o último ato de amor de uma bruxa vai deixar você ir. Só então você pode encontrar felicidade e vida desejada. Sozinho ou acompanhado.
E você, bruxa, se você chegou um momento em sua vida quando você estiver pronta para compartilhar o seu caminho com alguém, nunca mais esconda quem você é para a pessoa que você ama. Mostre sua alma deixe fluir a sua magia a dizer quem você é, desde o início. Só para você saber que o que você está criando é real.
Se você ama, você ama todo. Com todas as suas vidas, com toda a sua magia, todos os seus sonhos. Com todos os mistérios de sua bruxa coração.
Eva Lopez Hyedra

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A Lua Negra



04 à 07 fevereiro 2016

A Lua Negra tem o poder de CRIAR e DESTRUIR, CURAR, REGENERAR,DESCOBRIR e FLUIR com o ritmo das mudanças e dos ciclos naturais, mas isto irá depender da capacidade individual em reconhecer e integrar a nossa sombra.

Tudo relacionado à destruição do VELHO E CRIAÇÃO (surgimento) do NOVO ; rituais de CURA, RENOVAÇÃO E REGENERAÇÃO é propício de ser feito.

Podemos meditar sobre a nossa "sombra",sobre pensamentos e atitudes que não são muito positivos, e que devemos transformar.

O encontro com o lado obscuro é sempre assustador, é reconhecer em nós mesmos uma mola propulsora que pode causar loucura e até mesmo tragédias. E se é aterrorizante em nós que somos humanos, é o próprio terror em se tratando de DEUSES .

A Lua Negra é tão poderosa quanto o plenilúnio porém, o seu poder é das sombras, do terror, da face destrutiva da Divindade,em geral assusta quem começa a trabalhar com ele, mas é um poder necessário de ser compreendido, pois faz parte da Deusa (e portanto de nós).

É um tempo de repouso e introspecção, um tempo de pausa que nos convida à serenidade e à calma. Ler, meditar, ouvir música, escrever, o que quer que nos sirva para refletir e nutrir o espírito…

Fonte: 3 Fases da Lua

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

História do Carnaval


O Carnaval, a festa que era dos Deuses aos dias de hoje...

O Carnaval deriva das palavras Carrum e Navalis, que significa carros navais que faziam a abertura das Dionísias Gregas. O Carnaval teve início em Roma, Egito e Grécia e tinha como objetivo celebrar fertilidade do solo em agradecimento aos deuses pela boa colheita. No Egito, o Carnaval celebrava Osíris, por conta do recuo do Rio Nilo; na Grécia, o Carnaval era para os deuses Dionísio que era o deus do vinho e da loucura e para o deus Momo, o deus da zombaria; já em Roma, o Carnaval tinha como objetivo cultuar várias entidades mitológicas, desde Júpiter – deus da urgia – até Saturno e Baco.

Foi em Roma que surgiu também a escolha do Rei Momo. Na época era escolhido o soldado mais belo de todos. O Carnaval tinha seu rei durante os três dias de festa, o anfitrião da orgia. Ao fim deste período ele era sacrificado no altar de Saturno. Com o passar do tempo deixou-se a beleza de lado e passou a ser escolhido o homem mais obeso da cidade para representar a fartura, excesso e extravagância.

Aceito pela Igreja Católica ou não?

O Carnaval não era permitido pela Igreja Católica, pois a mesma não permitia  as realizações porque os festejos eram feitos com danças e cantos, o que era considerado atos pecaminosos. Durante o Carnaval as pessoas esbaldavam-se em comidas, bebidas e prostituição e a igreja passou a fazer vista grossa fingindo não saber do que realmente ocorria. Na Idade Média o Carnaval passou a ser chamado de Festa dos Loucos pois nela tudo era permitido, e com isso as pessoas perdiam a identidade cristã, incorporando uma outra pessoa. Passou a ser aceito em aproximadamente em 590 D.C,  por conta da Quaresma, para compensar os 40 dias em que os fieis deviam se manter em abstinência.  Porém, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os os supostos atos pecaminosos. A modificação foi fortemente espantosa para o povo, já que fugia das reais origens da festa, que tinha como objetivo o festejo pela alegria e pelas conquistas.
O carnaval é uma festa popular que surgiu ainda na Antiguidade com intuito de celebrar os deuses pagãos e a natureza. Foi reconhecida pela igreja e incluída no calendário cristão depois de muitos séculos, ainda hoje é comemorada no mundo inteiro. Possui características diferentes em cada país que o festeja.

O carnaval comemorado no Brasil sofreu influência de uma festa de rua, de origem portuguesa, o entrudo, que consistia em jogar farinha, ovo e tinta nas pessoas. Porém, a comemoração também passou por mudanças por causa do folclore indígena e a cultura africana, trazida pelos escravos. Todos esses fatores culturais construíram um carnaval distinto em cada parte do Brasil. O Rio de Janeiro é famoso pelos desfiles das escolas de samba, na Bahia os trios elétricos atraem milhões de foliões todos os anos e em outros estados, como Pernambuco e Minas Gerais, o carnaval de rua é o mais popular.
Existem outras formas tradicionais de passar o carnaval, que é a última festa antes da quaresma. No século XIII, os nobres franceses começaram a promover grandes festas onde era obrigatório o uso de máscaras e roupas luxuosas - os bailes - e provavelmente foi assim que surgiram as primeiras festas à fantasia. Essas festas logo ficaram populares entre as altas classes em toda Europa e se espalharam por todo o mundo, sendo comuns atualmente.

A Origem do Carnaval

A origem do carnaval é incerta, mas acredita-se que tenha surgido na Grécia por volta do ano 520 a.C. Era uma festa em que o vinho era fundamental e as pessoas se reuniam em nome do deus Dionísio com a única intenção de se divertirem, celebrar a chegada da primavera e a fertilidade. Esse tipo de comemoração se tornou popular em Roma durante os primeiros séculos da era cristã.
O nome Carnaval vem de “Carne Vale”, seu significado está ligado ao fato dessa festa pagã acontecer durante os três dias que antecedem a quaresma, um longo período de privação, portanto era como uma despedida dos pecados da carne. Esse nome surgiu depois que a celebração foi legalizada pela Igreja Católica para coibir o que a instituição classificava como celebração pecaminosa. Ou seja, a celebração tinha como objetivo principal extravasar e fazer tudo que durante a quaresma era proibido.
Em 1545, depois do concílio de Trento, mudou-se o calendário de Juliano para Gregoriano e o Carnaval passou a ser uma data oficial para os cristãos. Dessa forma, é reconhecida como festa popular de rua que sofreu uma série de modificações culturais até chegar aos dias de hoje.

História do Carnaval no Brasil

O carnaval chegou ao Brasil à partir do século XIII, quando os portugueses trouxeram a brincadeira do entrudo, típica da região de Açores e Cabo Verde, que consistia em um jogo em que as pessoas sujavam umas às outras com tintas, farinha, ovos e também atiravam água.
No século XIX foram promovidos os bailes parisienses, nos quais os convidados deveriam usar máscaras. Cresceu o interesse por esse tipo de festa porque o entrudo causava muita confusão por ser uma prática que apelava para violência. Nos bailes, que aconteciam em local fechado, o público era composto por convidados que se dispunham a fantasiar-se e ouvir música. Uma figura importante desse período é Chiquinha Gonzaga que compôs músicas de carnaval e pertencia a esse grupo de classe burguesa frequentadora dos bailes.
No Rio de Janeiro, século XX, surgiram as primeiras escolas de samba. No final da década de 1920, os desfiles agradaram muito a população e tornou-se uma forma popular de comemoração do carnaval ainda muito forte, tanto no Rio, quanto em São Paulo. No Nordeste do país o jeito mais popular de passar o carnaval é ir para as ruas, mantendo um pouco da tradição trazida pelos portugueses. Na Bahia, mais especificamente manteve-se o costume do carnaval de rua, mas fortaleceu-se os trios elétricos depois da década de 1980.

O Carnaval espalha-se pelo mundo

Geralmente, o Carnaval dura três dias, dias estes que antecedem a quarta-feira de Cinzas. Ao contrário da Quaresma, marcado por determinadas religiões cristãs como tempo de penitência e privação, estes dias são chamados “gordos”, em especial a terça-feira –  conhecida por terça-feira gorda, e também conhecida pelo nome francês Mardi Gras -, último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo Mardi Gras é sinônimo de Carnaval, e a cidade de Nova Orleans, no estado da Louisiana, é a sede destas comemorações.
Durante cinco séculos, o Carnaval de Paris foi um dos mais importantes do mundo, principalmente durante o século XIX . Foi em Paris, no ano de 1890, que foram criados  o confete de papel e a serpentina. Porém, no século XX, o Carnaval da França caiu no esquecimento durante 45 anos. Em 1993, houve a tentativa da volta, mas a festa não voltou a ser como era antes. Atualmente, o Carnaval é comemorado no domingo da semana destinada, com desfiles de fantasia nas ruas.  O Carnaval de Veneza é um dos mais conhecidos do mundo por conta de suas máscaras. Antigamente a nobreza as utilizavam para poder se misturar com o povo em suas celebrações, surgindo assim as fantasias de Carnaval. Desde então elas tornaram-se marcas registradas destes dez dias de celebração.

Como é calculado o dia do carnaval?

Esse cálculo foi estipulado para que não houvesse coincidência com o dia da Páscoa Católica e para que essa ela não ocorresse no mesmo dia da Páscoa Judaica. Assim, ela começa com o equinócio de primavera, no hemisfério norte, a partir dele é preciso saber em qual dia será a primeira lua cheia, pois a páscoa é comemorada exatamente no domingo depois dessa lua. Ou seja, sabe-se que a terça-feira de carnaval é aquela que antecede a Páscoa em 47 dias. No Brasil, a data é comemorada no outono, então começa a contar a partir do dia 21 de março, dia do equinócio no hemisfério sul.

Uso de Máscaras Tradição Muito Antiga, Saiba Porque Usavam Máscaras

Máscaras Ibéricas

O uso de máscaras é uma tradição muito antiga, você sabia?!   Já na Antiguidade quando aconteciam as celebrações festivas as máscaras eram usadas para ornamentar e representar deuses, animais e outros personagens.
Na Antiguidade, mais do que a diversão, as mascaradas públicas faziam parte de rituais mágicos para “esconjurar os maus espíritos”.
Com o cristianismo, essa intenção desapareceu, mantendo-se, embora, o desejo de se apresentar um rosto falso ou uma falsa personalidade, usando a máscara ou o disfarce carnavalesco.
Nas festas da Antiguidade como as Saturnais e as Dionisíacas, os foliões usavam disfarces para representar animais, deuses em fim o que na época estavam festejando.
Sabemos que em muitas tribos, as máscaras eram tidas e são até hoje como elementos ritualísticos importantes para evocar espíritos de proteção contra o mal.
No século 5° a,C., o teatro grego se apropriou dessas peças para dramatizar as  cenas e expressar o caráter das personagens. Eram exageradas, feitas em tamanhos maiores que o rosto dos atores e com materiais variados, como madeira e couro.
No século 17, Veneza tornou-se a capital do carnaval, com suntuosos bailes de máscaras que reuniam a elite, pessoas da alta sociedade. A cidade recebia visitantes de diversos lugares, ansiosos por conhecer de perto a sofisticação e o clima liberal da festa, já que quem saía mascarado pelas ruas tinha garantido por lei sigilo absoluto e total sobre sua identidade. Que Interessante, você não acha?!
Parece nos dias de hoje com as festas carnavalescas aqui no Brasil. O carnaval é uma verdadeira obra de arte e cultura pois mostra através dos temas escolhidos a cultura e a vida de lugares e pessoas importantes do nosso Brasil.
Hoje em quase todos os cantos do Brasil o carnaval tem suas características locais e culturais.
As máscaras, os bonecos gigantes, as fantasias são adereços que as pessoas usam para representar algum personagem em questão. É um grande espetáculo de arte e cultura que o Brasil segue a muitos anos.
Desde tempos primitivos ligada também a forças ou intenções extraordinárias ou sobrenaturais, relacionadas com o solstício do Inverno, que acontece a 22 de Dezembro, quando o Sol inicia a sua fase ascendente deixando para trás a obscuridade – fase conotada como propícia ao regresso das almas dos defuntos, para gratificarem ou castigarem os vivos –, cabe nesta ocasião ao mascarado, ou à máscara, o papel de elemento catalisador ou de ligação entre uns e os outros, no sentido da harmonia e do entendimento pela consumação de práticas a que não são alheios o exorcismo e a magia, numa relação entre os vivos e o mundo espiritual.

Fonte: o Livro de Ouro do Carnaval Brasileiro, de Felipe Ferreira.

Imbolc


Imbolc - O crescimento da luz - 2 de FEVEREIRO - Hemisfério NORTE

O Imbolc, a luz, o despertar, a menina interna.
Na natureza a morte não é o fim da vida. É sempre seguida do renascimento. As flores desabrocham, maturam e dentro delas formam-se as sementes que um dia cairão e se enterrarão na terra. A planta pode morrer, mas as suas sementes permanecem pelo tempo necessário no frio da terra à espera das melhores condições para renascer.
E este, embora não parecendo ainda, é o tempo do renascimento. O tempo do Imbolc na roda do ano celta.
Co...ntextualizando, o Imbolc é um Sabbat que teve origem na antiga Irlanda nas comemorações da deusa Brighid, Brigid ou Bride a “noiva do sol”. Apesar de se estar no auge do inverno, este festival era dedicado ao aumento da luz e ao despertar das sementes na terra.
O retorno da luz de Brigit assinala um tempo expansão. Sentimos uma nova energia que nos abre e que antecipa a vida nas sementes adormecidas dentro de nós, da mesma forma que a vida é activada nas sementes que estão adormecidas na terra.
A deusa Brigid é uma deusa tríplice, que nas lendas celtas é descrita como a Deusa na sua faceta de Donzela.
A donzela é a inocência da criança que abençoa a sua vida neste planeta e que não receia o futuro. Sem condicionamentos, ela dá e recebe amor de igual forma.
Então, o convite agora é o de sentir a Deusa como Menina, como Donzela e também o de acordar e curar a nossa menina tantas vezes tão esquecida. É tempo de desfrutar, de brincar. De viver o momento como só as crianças sabem.
Poderá também ser uma boa altura para relembrar a nossa primeira iniciação: a primeira vez que o sangue menstrual nos honrou com a sua chegada. É importante reviver esse momento, principalmente se foi uma experiência dolorosa ou traumática.Relembrar as sensações que tivemos, se a experiência foi positiva, negativa ou indiferente, e as reacções das pessoas envolvidas nesse processo pois as emoções permanecem para sempre impressas na psique, determinando os conceitos sobre os ciclos menstruais e sobre a sexualidade. A forma como a primeira menstruação foi tratada influencia de forma poderosa a nossa imagem sexual.
Descobrir se o corpo guarda alguma energia estagnada ou bloqueada, alguma dor ou crença que se foi perpetuando.
É bom fazermos um ritual de passagem, permitindo a cura das feridas, conscientes ou não, relacionadas com esse momento tão importante e tão pouco compreendido.

IC /SM

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

1º DIA DO MÊS - Dia de Soprar a Canela



1º DIA DO MÊS, todo mundo já sabe: DIA DE SOPRAR A CANELA!
SOPRE A CANELA DE FORA PARA DENTRO DE CASA!

Abra a porta de casa, polvilhe canela em pó na mão e sopre na porta de FORA PARA DENTRO e para dentro de casa dizendo:

"Quando essa canela soprar,
A Prosperidade nessa casa vai entrar!"

Não lave a mão para tirar a canela que ficou!!
Esfregue uma mão na outra sobre sua cabeça, aí pode lavar.
Boa Sorte!

Theresa Tullio

Pés no chão, energia e saúde


O título da matéria pode parecer um pouco com papo de maluco,  uma metáfora para lucidez ou somente uma conversa genérica mas é, na verdade, um processo que possui fundamento físicos e que pode beneficiar a saúde e o bem estar de quem passa horas no computador, salas fechadas, sapatos apertados o dia todo e muito concreto ao redor.
Mesmo quando somente uma destas realidades fazem parte do seu dia-a-dia, confie em mim, colocar os pés no chão pode ser o primeiro passo (metáforas, as adoro) para curar os sintomas do stress acumulado em uma semana de trabalho. Funciona perfeitamente comigo e deve funcionar com você também.

Eu, Emi, não estou somente reproduzindo um texto ou uma conversa, mas aqui descrevo também a minha experiência prática que por sua vez alimentou minha curiosidade sobre o assunto, e assim, me inspirou a buscar mais informações e claro, manda-las adiante, pra você.
Tirar os tênis em um pequeno ritual de fim do dia (que eu tenho evitado nesse inverno de zero grau) e tocar com toda a planta do pé no chão, na terra, na grama, nas pedras não só promove uma massagem profunda como também transfere as o acumulo de energia do nosso corpo (isolado pelos sapatos) diretamente para a terra, provocando um instantâneo reequilíbrio elétrico. Experimente a sensação …
Agora, procure caminhar um pouco, esticar os músculos. Essa caminhada com os pés descalço vai movimentar suas articulações e as irregularidades do terreno vão ajudar a fazer o sangue circular em uma massagem suave, por isso, caminhe suavemente e devagar.

A explicação estaria na carga elétrica natural da Terra. Pisando descalços sobre o solo ficamos em contato imediato com a energia natural do planeta. A troca reequilibraria o organismo e atuaria na prevenção e correção de problemas de saúde. Pesquisas recentes sugerem que a energia elétrica da Terra pode estabilizar o “sistema elétrico” do nosso corpo e auxiliar a protegê-lo. Uma relação de recarga, repondo moléculas necessárias e salutares e descartando outras dispensáveis e nocivas.
O desequilíbrio no sistema elétrico do corpo humano teria sido potencializado com o estilo de vida moderno, onde roupas, calçados e moradias, muitas vezes em edifícios que nos afastam ainda mais da terra, funcionam como isolantes e impedem cada vez mais o contato direto com o planeta. Para quebrar esta barreira nociva, bastaria simplesmente andar descalço, uma vez que o contato com o solo neutralizaria a carga no corpo e protegeria o sistema nervoso e órgãos de interferência elétrica externa.

A técnica do aterramento foi desenvolvida pelo ex-executivo de TV Clinton Ober, em 1990. O “inventor” teria observado seus instrumentos eletrônicos e constatado que o ser humano poderia ser beneficiado se fosse aterrado, ou conectado à terra, uma vez que o organismo possui um campo de energia, que precisa estar equilibrado para se manter saudável e o aterramento seria um caminho. Além disso, o contato direto com o solo tornaria as pessoas mais resistentes aos efeitos da eletricidade estática e campos elétricos locais. Ober descreve como chegou a esse entendimento no livro Earthing: The Most Important Health Discovery Ever? (Aterramento: a descoberta sobre saúde mais importante de todas?), em co-autoria com Stephen Sinatra, M.D. e Martin Zucker.

A “terapia de aterramento” é simples e gratuita. Basta ligar seus pés descalços diretamente com a Terra e desfrutar dos benefícios que, ainda de acordo com o livro, incluem:
  • Melhorias significativas em distúrbios relacionados a inflamações;
  • Melhorias significativas em relação a dores crônicas;
  • Melhoria nos distúrbios do sono;
  • Aumento de energia;
  • Diminuição do estresse;
  • Diminuição da tensão muscular;
  • Alívio das dores de cabeça;
  • Diminuição dos sintomas hormonais e menstruais, entre outros benefícios.
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